Thiago da Silva Folly, o TH da Maré, um dos chefes do Terceiro Comando Puro (TCP), não era considerado um dos traficantes mais procurados do estado à toa — em sua ficha criminal, o homem acumulava 227 anotações criminais e era foragido de 17 mandados de prisão em aberto.
Em entrevista coletiva ocorrida nesta terça-feira (13/5), o coronel Marcelo Menezes, da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) aparece exibindo a extensa ficha criminal do traficante. O tamanho do enorme documento assemelha-se a um pergaminho medieval.
“Isso é para mostrar com que tipo de criminoso estamos lidando. Essa é a extensa ficha do TH, com 227 anotações criminais, neste momento é preciso que haja uma reflexão e uma discussão pelo endurecimento das leis e pelo cumprimento e encarceramento desses narcoterroristas que oprimem a população do estado do Rio de Janeiro”, disse o coronel enquanto exibia o documento.
Na mira policial, TH tinha, em seu nome, vários inquéritos por crimes, como tráfico de drogas, roubo de carga e homicídio. Ele estava foragido desde 2016.
O traficante também foi denunciado por envolvimento na morte de agentes das forças de segurança. Ele foi monitorado por oito meses antes de a operação ser deflagrada.
Morto em operação
Thiago foi localizado em uma espécie de “bunker”, no Morro do Timbau, na terça-feira (13/5), e acabou morto em uma troca de tiros durante a operação da PMRJ no Complexo da Maré, na Zona Norte da cidade.
Imagens de um imóvel tomado por sangue passaram a circular nas redes sociais. As informações apontam que o traficante teria morrido no local.
Além dele, dois de seus seguranças, identificados como Daniel Falcão dos Santos ou Gotinha e “Carlinhos” ou “Carlin”, também foram mortos.