Navio mexicano bate na ponte do Brooklyn e tragédia assusta NY

Nova York – Um acidente digno de roteiro catastrófico paralisou Manhattan na tarde de sábado (17).

O navio-escola Cuauhtémoc, da Marinha Mexicana, colidiu com a histórica ponte do Brooklyn, deixando dois mortos e 22 feridos, 11 deles em estado grave.

A embarcação realizava uma missão de formação de cadetes com 277 tripulantes a bordo.

A colisão, filmada por dezenas de testemunhas, expôs um erro elementar: os mastros ultrapassavam visivelmente a altura da ponte.

Resultado? Parte superior do navio destruída, pânico entre os cadetes e uma missão internacional interrompida à força.


Tragédia anunciada expõe falha de planejamento

O navio Cuauhtémoc cruzava o rio East quando atingiu a estrutura da ponte, uma das mais simbólicas de Nova York. Vídeos mostram a embarcação com mastros muito além do limite aceitável. Nenhum tripulante caiu na água, mas o impacto foi devastador. A parte superior da embarcação, onde estavam cadetes em formação, desabou.

As vítimas foram socorridas rapidamente e encaminhadas a hospitais locais. Onze seguem em estado grave. O navio precisou ser rebocado e ficará ancorado enquanto a investigação da Marinha mexicana tenta entender como um erro tão primário passou batido.


Missão internacional fica pela metade

A viagem do Cuauhtémoc era parte do ritual de formatura da Escola Naval Militar do México. Lançada em 6 de abril, no porto de Acapulco, a missão previa visitar 22 portos em 15 países, promovendo o discurso de “paz e boa vontade do povo mexicano”.

Na teoria, uma bela iniciativa. Na prática, um desastre. A escala em Nova York era uma das primeiras paradas da jornada que incluía Jamaica, Cuba, Islândia, França e Escócia. O trajeto de 254 dias foi abruptamente interrompido – e agora o que se projeta é dor, burocracia e luto.


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Autoridades tentam conter o estrago

Em coletiva de imprensa, o prefeito Eric Adams e o embaixador mexicano nos EUA, Esteban Moctezuma Barragán, prometeram “todo o apoio possível” às vítimas. Barragán confirmou que o ministro da Marinha do México está em contato com as famílias dos tripulantes.

Adams ainda anunciou que parentes dos feridos estão sendo trazidos à cidade. Por enquanto, o discurso oficial é de solidariedade. Mas perguntas inevitáveis pairam: como uma missão desse porte ignora a altura de uma das pontes mais famosas do mundo?


Testemunhas descrevem cena de horror

Entre o espanto e o improviso, nova-iorquinos e turistas registraram tudo. A ponte do Brooklyn, ícone urbano inaugurado em 1883, foi palco de pânico. Segundo relatos à AP, tripulantes ficaram pendurados por cordas por até 15 minutos antes do resgate.

Sydney Neidell e Lily Katz, que passeavam no local, viram de perto o impacto: “Havia alguém preso, se segurando com toda força. A gente não conseguia acreditar que aquilo era real.”


Mais um tropeço simbólico

Para quem vê o militarismo como espetáculo diplomático inofensivo, a colisão do Cuauhtémoc é mais um lembrete: missões de “boa vontade” não substituem o básico — como medir a altura da ponte. A tragédia põe em xeque a capacidade técnica de uma operação militar e deixa um rastro de dor.

Enquanto o México calcula os estragos diplomáticos, Nova York conta as vítimas.

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