Rio de Janeiro – Em pleno domingo, Eduardo Paes convocou seu secretariado e disparou recados claros: quer ver resultados concretos e imediatos. Na segunda reunião da nova gestão (2025–2028), o prefeito anunciou planos ousados para revolucionar o transporte público e ampliar o protagonismo da Prefeitura na segurança pública.
“Se deu certo com o BRT, tem que dar certo com o resto dos ônibus”, cravou Paes, prometendo que o padrão de qualidade do sistema BRT será estendido a toda a cidade. Além disso, lançou a Força Municipal de Segurança, uma estrutura armada com Guardas Municipais, para atuar em áreas estratégicas.
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Modernizar ônibus e mexer no vespeiro da segurança
Eduardo Paes quer virar a chave da mobilidade urbana no Rio de Janeiro. Segundo ele, a capital fluminense precisa romper com o caos crônico do transporte de superfície. O plano é dar aos ônibus comuns o mesmo nível de conforto, regularidade e eficiência que o BRT passou a oferecer nos últimos anos.
O prefeito foi direto ao afirmar que o modelo atual não atende mais às necessidades da população. Por isso, a meta é transformar a experiência de quem depende do transporte público nos bairros mais afastados.
Força Municipal: Prefeitura entra no jogo da segurança
Em outra frente, Paes anunciou um passo inédito: a criação da Força Municipal de Segurança, com Guardas Municipais armados. A proposta é ampliar a presença do poder público em regiões de maior vulnerabilidade e tensão, onde o Estado tradicional costuma ser ausência.
A medida, claro, reacende o debate sobre os limites do papel municipal na área da segurança — tema historicamente tratado como atribuição exclusiva dos estados. Mas Paes parece disposto a provocar essa discussão, bancando a presença da Prefeitura em áreas críticas.
Secretariado pressionado e gestão sem folga
A reunião deste domingo serviu, ainda, como uma espécie de balanço geral da gestão. Paes cobrou metas, resultados e ritmo acelerado dos secretários.
“Domingo ou não, a cidade exige resposta”, afirmou o prefeito, justificando a convocação fora do horário comercial. Segundo ele, reuniões como essa são essenciais para manter o foco nas tarefas e garantir que o Rio de Janeiro avance com consistência.
Cultura e Clarice Lispector fecham a reunião
O encontro terminou com um respiro cultural. Em homenagem ao título de Rio Capital Mundial do Livro 2025, a atriz e escritora Beth Goulart recitou trechos de Clarice Lispector, inspirada no espetáculo “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, em cartaz no Teatro Clara Nunes.
Um gesto simbólico, mas potente: lembrar que a transformação de uma cidade passa também pelo incentivo à cultura, à arte e ao pensamento.
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