Conforme levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) com base em dados do Ministério da Saúde, o número de brasileiros com problemas de pressão alta foi recorde em 2023. No ano em questão, outro estudo revelou que a taxa de mortalidade no Brasil por hipertensão arterial atingiu o maior valor dos últimos 10 anos. Vale destacar que a condição está entre as principais causas de morte no país.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), também de 2023, expôs que o Brasil sofre mais com a pressão alta do que a maioria dos países. Segundo a pesquisa, o índice atingiu 45% da população brasileira, isto é, 50,7 milhões de pessoas. Caso seja um dos indivíduos que enfrenta a doença, o cardiologista Rafael Marchetti tem um aviso: “Hábitos saudáveis de vida fazem parte do tratamento não farmacológico da hipertensão.”
De acordo com o especialista, a atividade física, geralmente, integra o tratamento da hipertensão arterial. Ele explica que quem tem pressão alta precisa buscar avaliação médica antes de iniciar qualquer modalidade ou exercício.
Atividades físicas
A seguir, o médico lista quais são as melhores atividades físicas para quem tem pressão alta:
- Caminhadas
- Natação
- Ciclismo leve
- Dança
- Exercícios aeróbicos de baixa a moderada intensidade
Rafael sustenta que as atividades físicas citadas “são ótimas opções”. “Ajudam a melhorar a circulação, fortalecer o coração e controlar a pressão arterial ao longo do tempo”, garante. O cardiologista acrescenta ao rol a musculação por oferecer um efeito positivo ao tratamento da hipertensão, mas com cautela e adaptação devido à doença.

“A musculação, por exemplo, deve ter acompanhamento especializado. O indivíduo precisa priorizar exercícios unilaterais alternados e adotar um maior tempo de descanso entre as séries”, aconselha o médico. Aos pacientes diagnosticados com pressão arterial, o especialista indica manter um rotina regular de atividade física, de preferência com orientação profissional, para garantir os benefícios com segurança.
Pressão alta
O cardiologista esclarece sobre aproximadamente 80% dos casos de pressão arterial alta serem definidos como hipertensão essencial ou primária. “Nessas situações, a origem é multifatorial e não totalmente compreendida”, relata. Já os mais de 20% entram na categoria hipertensão secundária, causada por uma outra doença, a exemplo da obesidade, quadros renais ou alterações hormonais.
“Existem alguns fatores de risco, como alimentação rica em sal, gorduras e ultraprocessados; sedentarismo; estresse em excesso; consumo frequente de álcool; tabagismo; e dormir mal. Tudo isso pode contribuir para a elevação da pressão arterial e dificultar o tratamento”, sustenta Rafael Marchetti.

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