Polícia do Rio reage com megaoperação após morte de agente

Um comboio com mais de cinquenta viaturas da Polícia Civil foi mobilizado nesta segunda-feira (20/5) rumo à Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, como resposta direta à morte do policial civil José Antônio Lourenço Júnior, agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), morto durante uma operação no local.

O reforço policial busca intensificar as buscas pelos responsáveis pelo ataque que vitimou o agente. José Lourenço foi baleado na cabeça enquanto participava de uma ação da Delegacia do Consumidor (Decon), que fiscalizava fábricas e depósitos de gelo suspeitos de utilizar água contaminada para abastecer barraqueiros das praias da Barra da Tijuca e do Recreio.

O policial foi socorrido por colegas e levado em estado grave ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos. Vídeos gravados por moradores mostram o momento de desespero dos agentes ao realizar o socorro.

Luto
José Lourenço havia sido nomeado em março deste ano como diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ). Ele também ocupou o cargo de subsecretário de Operações da Secretaria Municipal de Ordem Pública entre fevereiro de 2022 e maio de 2023.

A morte do agente gerou comoção dentro e fora das forças de segurança. Em nota oficial, a Polícia Civil afirmou: “A perda de um dos nossos é sentida com dor e indignação. As diligências para identificar os responsáveis por esse ataque covarde já estão em andamento.”

A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), onde José atuou até o ano passado, também se pronunciou. “Lamentamos profundamente o falecimento do policial civil José Antônio Lourenço e expressamos sinceros sentimentos à família e amigos.”

Operação de fiscalização
A ação que resultou na morte do agente foi deflagrada para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados à produção clandestina de gelo, após laudos da Cedae confirmarem a presença de coliformes fecais em amostras vendidas na orla.

Durante a operação, uma fábrica foi interditada e um responsável foi levado para a delegacia. A investigação continua para apurar possíveis crimes contra o consumidor, crimes ambientais, furtos de energia e uso irregular de água.

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