A concessionária ViaMobilidade começou a instalar barras de segurança entre as portas do trem e as da plataforma da Linha 5-Lilás do metrô como medida de proteção após a morte de um passageiro na zona sul de São Paulo no início deste mês. Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, de 35 anos, morreu após ficar preso entre as portas na estação Campo Limpo.
A iniciativa busca proteger os clientes enquanto não são instalados os sensores de presença entre as portas – o que deve ser introduzido até fevereiro de 2026, segundo a concessionária.
A empresa afirma que as barreiras são conhecidas como gap fillers, estruturas poliméricas com alma metálica, fabricadas sob medida para reduzir o vão entre o trem e a plataforma. Com a iniciativa, a ViaMobilidade espera remover o espaço onde cabia uma pessoa.
As implementações começaram na noite da última sexta-feira (16/5), com autorização da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que acompanha as ações da empresa após o acidente. A estação Capão Redondo foi a primeira a receber os equipamentos.
“A instalação será realizada durante o período noturno, para evitar qualquer impacto na operação, com previsão de conclusão em até 90 dias. As 17 estações da Linha 5-Lilás receberão os equipamentos, com os trabalhos avançando gradualmente após a finalização em Capão Redondo”, anunciou em nota a ViaMobilidade.
Morte de passageiro
Lourivaldo Ferreira morreu na manhã do dia 6 de maio após ficar preso entre a porta do trem e a da plataforma na estação Campo Limpo da Linha 5-Lilás, na zona sul de São Paulo. O acidente aconteceu por volta das 8h da manhã, quando a vítima se prendeu no pequeno espaço entre as portas da estação e morreu após o trem seguir viagem.
O passageiro era estudante de educação física e faria aniversário no domingo seguinte à fatalidade, 11 de maio. Lourivaldo era casado e deixou três filhos — de 18, 4 e 3 anos.
Além de pai e marido, ele era promotor de vendas, morava em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, e cursava o sétimo semestre da faculdade.