Formada em Educação Física e ex-mestranda da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Sophia Livas de Morais Almeida (foto em destaque) construiu uma falsa carreira como médica cardiopediatra e foi presa nesta segunda-feira (19/5), em Manaus, dentro de uma academia.
Ela atendia pacientes vulneráveis, incluindo crianças com doenças cardíacas, gestantes de alto risco e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sem qualquer formação em medicina.
A prisão foi resultado da Operação Azoth, da Polícia Civil do Amazonas (PCAM), que cumpriu mandados de busca e apreensão para desmontar o esquema.
Segundo as investigações, Sophia atuava há pelo menos dois anos como se fosse especialista em cardiologia pediátrica, prescrevia medicamentos de tarja preta, emitia atestados falsos e dava aulas em instituições de ensino superior.
Mesmo sem registro como médica, ela usava vínculos forjados com figuras públicas para acessar órgãos oficiais e se apresentar como profissional da saúde.
Em nota, o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV-UFAM) esclareceu que ela nunca atuou na unidade como médica. O vínculo com a universidade se limitava ao período em que cursou o mestrado em Ciências da Saúde, como educadora física.
Além do exercício ilegal da medicina, Sophia responderá por falsidade ideológica, uso de documento falso e pode ser indiciada por lesão corporal culposa, caso fique comprovado que suas ações causaram danos diretos aos pacientes.
A Polícia Civil segue investigando o caso e apurando o número total de vítimas. O nome de Sophia já circulava em comunidades de saúde e redes sociais, onde ela promovia supostos atendimentos especializados, sempre apresentando-se como cardiopediatra.