Os carros elétricos já estão consolidados em diversos mercados globais, inclusive no Brasil. No entanto, o crescimento nas vendas não foi acompanhado pelo desenvolvimento da infraestrutura, gerando um problema sério: a falta de carregadores.
- Cybertruck encalha, vira mico e Tesla aceita o fracasso
- Dispositivo da Bosch “dedura” degradação da bateria de carros elétricos; entenda
E não é só em território nacional que o problema com postos de carregamento é evidente. Até mercados desenvolvidos como a China passam por isso — pelo menos em sua área rural e províncias mais afastadas.
Essa é a história de @Xiamo, um chinês proprietário de um Tesla Model Y que ficou conhecido nas redes sociais por desbravar áreas inóspitas do Tibete para chegar até a plataforma de observação do Everest, em Lazy County.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Para passar pelas áreas montanhosas da província chinesa, o homem instalou um gerador de energia a gasolina na traseira de seu carro, até com placa própria, transformando o modelo em um híbrido “maluco” para poder dirigir em um local que não possui disponibilidade de carregamento.
A ideia de colocar o improvisado “sistema de extensão de autonomia” é para não depender 100% da estrutura de carregadores local, já que são raros e muito distantes por ali.
Qual a capacidade deste sistema?
Apesar do sistema desenvolvido ser inovador, a capacidade de carregamento é muito baixa, gerando apenas 3 kW e acrescentando cerca de 19 km de autonomia por hora. Equivale ao carregamento em uma tomada 220 V convencional.
Entretanto, para o dia a dia esse aumento de autonomia pode não valer muito, mas para quem está a mais de 5.000 metros de altitude, a adição de poucos quilômetros se torna essencial para não ter uma “pane seca” no meio do nada.
Quanto foi gasto para “transformar” o Model Y em um carro híbrido?
Segundo fontes chinesas locais, @Xiamo pôde desenvolver esse sistema por apenas ¥ 2.800, ou cerca de R$ 2.200 na conversão direta. O consumo está na casa dos R$ 1,25 a cada 1,6 km rodados. Isso é significativamente maior que o valor de carregamento em uma rede barata na China — mas ainda assim é melhor que ficar perdido no Himalaia.
Essa não é a primeira vez que um proprietário de Tesla transforma seu veículo em um carro híbrido. Um dono de Model S teve uma ideia semelhante, adicionando um motor turbodiesel em seu porta-malas.
A fabricante, porém, não parece interessada em desenvolver uma variante híbrida para os seus carros, mesmo com a falta de infraestrutura de alguns locais.
Leia também:
- Ranger Raptor: como é a picape que “voou” em duna do Ceará?
-
5 bons modos para o câmbio automático não quebrar nunca mais
Vídeo: ‘Teslas’ do passado: os táxis elétricos de Nova York e Londres de 1897
Leia a matéria no Canaltech.
