O Tinder anunciou, nesta terça-feira (20), a parceria com a ONG Justiceiras para o lançamento do Guia de Segurança em Dates, uma iniciativa que visa reunir e apresentar aos usuários brasileiros recursos de segurança e prevenção a riscos no app. A novidade acontece depois de uma pesquisa da empresa revelar o pouco conhecimento de usuários brasileiros sobre as ferramentas de segurança da plataforma.
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A ONG Justiceiras é um projeto da promotora de justiça Gabriela Manssur que visa facilitar o acesso de meninas e mulheres em situação de violência e vulnerabilidade no Brasil ou exterior ao sistema de justiça.
O guia de segurança feito em parceria com a ONG ficará disponível nas próximas semanas para acesso no aplicativo e poderá ser localizado diretamente na seção “Date Safety Center” (Centro de Segurança de Encontros).
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Uso dos recursos de segurança no Brasil
Dados de um estudo inédito do Tinder revelam que, apesar de demonstrarem uma atenção constante sobre segurança no uso do app, os usuários brasileiros ainda possuem uma adesão baixa dos recursos de verificação de identidade: apenas 44% dos homens e 45% das mulheres disseram estar confortáveis com o uso desse recurso.
A análise foi feita através de pesquisas com usuários dentro do próprio aplicativo e mostrou que, a despeito da atenção à segurança no cenário de encontros online no Brasil, o país ainda fica atrás dos Estados Unidos, que possui uma taxa de 60% de aceitação na verificação de identidade, por exemplo.
“O Brasil é o terceiro maior mercado para o Tinder e possui uma cultura de encontros diferenciada, assim como uma gama de diferentes tipos de riscos. Os golpes no país, por exemplo, são diferentes dos golpes aplicados nos Estados Unidos”, explica o vice-presidente de segurança do Match Group, Yoel Roth.
Por outro lado, o Brasil apresenta comportamentos preventivos no uso do aplicativo. Isso porque, 63% das mulheres já compartiharam sua localização com alguém de confiança antes de um encontro. Assim como 35% delas já reportaram comportamentos iinapropriados na plataforma.
A pesquisa do Tinder aponta que as mulheres possuem um comportamento mais ativo para práticas de segurança por medo de situações perigosas, dados do estudo indicam que 56% delas têm receio de danos físicos ao encontrar alguém pessoalmente. Já 45% dos homens demonstram preocupação com golpes ou sequestros.

Canal para usuárias que sofreram violência
A parceria também disponibilizará um canal exclusivo de acolhimento, a partir de uma linha direta para mulheres que passarem por algum tipo de violência de gênero no aplicativo e necessitem de ajuda. A opção será disponibilizada junto com a liberação do Guia no app.
“Parte da equipe da ONG Justiceiras ficará disponível para atender e intermediar o contato com o 180, que direciona a Central de Atendimento à Mulher. Além da ONG oferecer apoio jurídico e psicológico às usuárias do aplicativo”, explica Yoel Roth.
A ONG Justiceiras também disponibiliza um canal próprio com apoio confidencial, acolhimento e orientação jurídica em seu site.
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