Fernando Fernandes volta a andar após 14 anos paraplégico

São Paulo – Após 14 anos longe dos próprios passos, Fernando Fernandes, atleta paralímpico e apresentador do “Esporte Espetacular”, voltou a andar com ajuda da tecnologia.

O ex-BBB, que ficou paraplégico em 2009, compartilhou o momento nas redes sociais nesta terça-feira (20) e emocionou seus seguidores com um relato de força, consciência e superação.

Em um post sincero e potente no Instagram, Fernando celebrou o retorno dos movimentos mesmo sem sensibilidade total nos membros inferiores.

“Depois de 14 anos sem ver, nem imaginar minhas pernas em movimento, reacendi uma chama que em mim havia se apagado”, declarou.

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Uma publicação compartilhada por Fernando Fernandes (@fernandolife)


Valorize o corpo em movimento

O ex-atleta de canoagem paralímpica, que já representou o Brasil no esporte de alto rendimento, reconheceu que “andar já não fazia parte dos planos”.

Durante todos esses anos, reconstruiu seu mundo sobre rodas, mas agora encontrou novos caminhos — literalmente — através da tecnologia.

Mesmo sem recuperar a sensibilidade nos pés, a experiência de colocar-se em pé novamente teve um impacto profundo. “Isso me sacudiu por dentro”, resumiu.


Medicina tradicional x tecnologia de ponta

Crítico do modelo tradicional da medicina, Fernandes afirmou que a área médica ainda tende a remediar ao invés de buscar soluções mais ousadas.

“Desde que tomei consciência completa sobre o assunto lesão medular, tive a clareza que somente a tecnologia teria o interesse em devolver esses movimentos. Já a medicina vai preferir me remediar”, escreveu.

Sua fala abre espaço para o debate sobre inovação, investimento em pesquisas e o papel transformador das tecnologias assistivas — campo em que o Brasil ainda engatinha quando comparado a países como os Estados Unidos e a Alemanha.


A vida que pulsa além da cadeira

Apesar da emoção de voltar a andar, Fernando Fernandes reforçou que encontrou plenitude mesmo na paraplegia. Sua trajetória pública e esportiva é marcada por autonomia, reinvenção e uma atuação incisiva contra o capacitismo.

Com sua experiência, o apresentador também joga luz sobre um sistema de saúde que ainda negligencia pessoas com deficiência. Um Brasil que precisa enxergar além da cadeira de rodas e abrir espaço — com dignidade — para a inclusão real.

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