Lula denuncia carnificina em Gaza e exige reação global

Brasília – O governo Lula subiu o tom contra os horrores promovidos por Israel na Faixa de Gaza. Nesta terça-feira (20 de maio), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou a situação como uma “carnificina” e cobrou uma reação imediata da comunidade internacional diante da escalada de mortes, especialmente de crianças.

Durante audiência no Senado, Vieira criticou abertamente o bloqueio sistemático do Conselho de Segurança da ONU, paralisado pelo poder de veto dos cinco países membros permanentes. Segundo ele, o mundo não pode mais assistir à tragédia “de braços cruzados”.


Governo pressiona por solução e denuncia paralisia da ONU

Vieira reforçou a posição histórica do Brasil em favor da solução de dois Estados, destacando a urgência de medidas concretas para interromper a ocupação, garantir a paz e restabelecer o respeito ao direito internacional humanitário. Para o chanceler, continuar em silêncio diante das milhares de mortes é uma forma covarde de cumplicidade.

“É muito importante que iniciativas como essas sejam levadas adiante para pôr fim a essa invasão e a esse desrespeito”, declarou.


Brasil assume papel central nas negociações internacionais

O Brasil foi convidado pela França e pela Arábia Saudita para liderar um grupo de trabalho voltado à criação de um Estado palestino. A iniciativa reforça o protagonismo do país no cenário diplomático e contrasta com a omissão cínica de potências que seguem blindando Israel mesmo diante de crimes documentados por entidades internacionais.

Desde o início do conflito em outubro de 2023, o governo Lula tem defendido cessar-fogo imediato, abertura para ajuda humanitária e retirada das tropas israelenses da região. Em uma tentativa anterior, o Brasil propôs uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, mas viu sua proposta ser vetada pelos Estados Unidos, aliados históricos de Israel — ainda que à custa de milhares de vidas civis.


Crítica ao massacre e apelo à humanidade

O governo brasileiro tem insistido que o massacre em Gaza ultrapassou qualquer limite ético, jurídico e humanitário aceitável. Segundo Vieira, “há um número elevadíssimo de crianças mortas”, e a comunidade internacional precisa agir com urgência para impedir que a barbárie continue. A inércia, diz o governo, já virou cumplicidade.


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