Cedae conclui manutenção no Guandu, mas água segue incerta

Rio de Janeiro – A Cedae concluiu, às 19h40 desta terça-feira (20/5), a manutenção preventiva no Sistema Guandu, principal responsável pelo abastecimento de água da Região Metropolitana.

Segundo a estatal, os reparos incluíram ajustes operacionais e a instalação de novos medidores de vazão, com a promessa de mais eficiência no controle da água fornecida às empresas privadas.

Enquanto a captação e o tratamento foram retomados, o retorno da água nas torneiras dos moradores de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo e outras cidades ainda depende da boa vontade das concessionárias privadas Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento. Ou seja, a população continua refém de um sistema terceirizado e sem transparência.


Concessionárias decidem quando a água volta

A Cedae repassou a responsabilidade para as empresas privadas, que seguem sem informar prazos claros para a normalização do abastecimento. Moradores do Rio de Janeiro, São João de Meriti, Mesquita, Nilópolis e Queimados aguardam sem saber se a água chega ainda hoje ou só na próxima madrugada.

Segundo a estatal, foram instalados macromedidores, que aumentam a precisão do monitoramento da água enviada às concessionárias. Além disso, houve reparos técnicos e intervenções estruturais no sistema para ampliar a segurança e a eficiência.


Privatização segue sem dar conta do básico

Apesar da promessa de modernização, o modelo de concessão da água no Rio continua falhando em garantir o básico: abastecimento contínuo, preços justos e informação transparente. A reforma do Sistema Guandu reforça a dependência de um modelo privatizado que prioriza lucro, não pessoas.

O Diário Carioca já alertou outras vezes sobre os riscos da privatização do saneamento no RJ, que ganhou novo impulso sob governos alinhados à agenda neoliberal de Cláudio Castro e seus aliados. Enquanto isso, a população fica no escuro – e, muitas vezes, sem água.

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