Uma mudança de última hora no texto da PEC que acaba com a reeleição para a Presidência da República e para outros cargos do Executivo no Brasil pode dificultar a aprovação da proposta no plenário do Senado.
A alteração mexeu com o mandato dos senadores e foi incluída durante a votação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira (21/5), por meio de uma emenda do senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Pela mudança, o mandato dos senadores passaria de oito para cinco anos, a partir de 2034. Assim, o Senado seria renovado em toda eleição nacional, ao contrário de hoje, quando a renovação varia de um a dois terços por eleição.
A alteração no tempo de mandato dos senadores foi aceita pelo relator da PEC, Marcelo Castro (MDB-PI), após um acordo do emedebista com parlamentares da oposição para que todo o texto fosse aprovado.
Como a proposta mexe diretamente com os senadores, porém, há dúvidas se o texto passará no plenário da Casa. O relator deve se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em breve para discutir o texto.
Nos bastidores, Alcolumbre avisou aliados de que defende o debate da PEC e que a proposta é “prioridade”. O presidente do Senado, contudo, não se comprometeu com uma data para pautar a matéria no plenário.