O Walmart, a gigante americana do varejo, planeja demitir cerca de 1,5 mil funcionários. A medida faz parte de um projeto de reestruturação da companhia, cujo objetivo é simplificar operações.
O plano da empresa, de acordo com um memorando visto pela Reuters, afetará equipes globais de tecnologia, atendimento de comércio eletrônico nas lojas americanas e o negócio de publicidade Walmart Connect.
“Hoje, o atendimento em lojas é um processo complexo com múltiplos pontos de contato. Isso cria atrito”, disse Cedric Clark, vice-presidente executivo de operações de lojas do Walmart nos Estados Unidos, em um memorando da companhia. Ele observou que o fim de tal “atrito” em torno dos pedidos digitais ajudará os clientes.
A empresa também está mudando a estrutura do negócio de publicidade. Uma porta-voz do Walmart disse que as mudanças refletem as estratégias de crescimento e não estão relacionadas a tarifas.
“Engolir tarifas”
No sábado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou uma polêmica com a companhia. Ele atacou o Walmart, dizendo que a empresa deveria “engolir as tarifas”, em vez de culpá-las pelos aumentos de preços promovidos nos supermercados da rede.
A declaração foi feita em resposta à informação divulgada pela varejista segundo a qual ela teria de aumentar preços neste mês por causa das novas taxas sobre produtos importados, impostas pelo republicano, em 2 de abril. ]
“O Walmart deveria PARAR de tentar culpar as tarifas como a razão para o aumento de preços em toda a cadeia. O Walmart faturou BILHÕES DE DÓLARES no ano passado, muito mais do que o esperado”, disse Trump, em post na rede social Truth Social.
“Entre o Walmart e a China, eles deveriam, como se diz, ‘ENGOLIR AS TARIFAS’ e não cobrar NADA dos clientes valiosos”, acrescentou, na mesma publicação.
Apesar da polêmica – e das demissões –, o Walmart teve um desempenho melhor do que seus concorrentes nos últimos trimestres.