É possível que nossa Via Láctea seja o lar de mais de 10 buracos negros de massa intermediária, raros e de difícil detecção. Embora os cientistas já saibam que nossa galáxia tem um buraco negro supermassivo e milhões de outros menores, a prevalência daqueles de massa intermediária ainda não estava clara.
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Os pesquisadores já sabem que toda galáxia pode produzir vários buracos negros com até 100 vezes a massa do Sol. Quando galáxias parecidas com a Via Láctea surgiram, elas já tinham buracos negros supermassivos em seu interior — é o caso da nossa, que abriga Sagittarius A*, buraco negro com 4,5 milhões de massas solares.

Já os buracos negros intermediários deveriam ter de 10 a 100 mil massas solares, e encontrá-los — ou descartar sua existência — seria de grande ajuda para os cientistas entenderem melhor estes misteriosos objetos. É aqui que está o problema: até agora, os astrônomos encontraram no máximo pistas destes buracos negros em galáxias anãs.
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Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de Zurique analisaram se as simulações atuais do universo podem prever corretamente se a Via Láctea tem, de fato, buracos negros intermediários. Através de simulações da evolução de uma galáxia como a nossa, eles descobriram que a Via Láctea poderia ter de cinco a 18 objetos do tipo.
A quantidade exata depende de terem sido formados perto do centro de uma galáxia anã ou na parte mais externa delas, e estariam vagando livremente pelo disco galáctico. No entanto, os autores se mantiveram cautelosos com os resultados.
Embora tenham concluído que a Via Láctea deve abrigar este pequeno grupo de objetos, eles não concluíram de forma definitiva a massa dos buracos negros e nem onde deveriam estar. Portanto, embora o novo estudo indique que estes objetos existam, ainda não se sabe onde poderiam estar.
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