O que era para ser uma oportunidade de trabalho para duas atrizes experientes virou uma verdadeira dor de cabeça. E a coluna Fábia Oliveira conta tudo para vocês agora. Acontece, queridos leitores, que Abê Marino e Telma M. Gomes, ambas de 74 anos, foram contratadas por uma agência para uma campanha, no Carnaval, e não receberam o cachê até agora.
De acordo com o Sindicato dos Artistas do Rio (Sated-RJ), que está acompanhando o caso, as idosas foram convidadas pela Agência Cintra para participar da ação da Seda para, assim, ajudarem a reforçar a imagem do produto com a melhor idade. Mas, apesar de dedicarem seu tempo e talento para o trabalho, ainda não viram a cor do dinheiro.
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“Estamos aqui para defender sempre o trabalhador da arte, principalmente os idosos, que estão sem trabalho e são esquecidos. Quando eles precisam do idoso, procuram, eles trabalham e não querem pagar”, afirmou o presidente da instituição, Hugo Gloss.
Justificativa
Ainda segundo os representantes da classe, quando a Agência Cintra foi procurada, justificou que não havia previsão de pagamento, pois estava dependendo do repasse da produtora. Além disso, afirmou que não haveria prioridade de recebimento para as idosas.
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Em virtude disso, Hugo Gross reagiu: “A Cintra é uma empresa grande, tem que se virar e pagar. Não tem que esperar a produtora. Já tem 72 dias que elas executaram o trabalho. É um absurdo isso, uma falta de respeito com o trabalhador. E estamos aqui para defender o trabalhador e se fazer cumprir a lei. Senão, vamos ajuizar uma ação”, declarou, antes de completar:
“A obrigação de pagamento é da Cintra, não é da produtora. Quem chamou foi a Cintra e não pagou. Elas têm contas e aluguel a pagar”, disparou. A coluna entrou em contato com a agência e não recebeu um retorno até o fechamento desta nota.
Mais detalhes
Ainda durante a conversa com a coluna, o presidente do Sated-RJ se dirigiu ao artistas: “O importante é os atores entenderem que precisar ter uma legalidade, respeitabilidade. Se foi combinado 30 dias dentro do contrato, tem que ser pago no prazo”, determinou.
E prosseguiu: “As pessoas ficam com medo de tomar uma atitude, de procurar o sindicato, porque não serão chamados de novo. Mas acho que as pessoas se unindo isso pode mudar, sim”, encerrou.