Starship | Será que o maior foguete da SpaceX vai funcionar algum dia?

A SpaceX realizou o nono teste de voo com foguete Starship em maio. O resultado? Ambos os estágios explodiram, levantando questionamentos e dúvidas sobre o quão viável é o projeto do foguete, considerado o maior e mais poderoso já criado, e sobre a possibilidade de o Starship ser usado para levar pessoas à Lua e também à Marte em um futuro não muito distante. 

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Foi em 27 de maio que a SpaceX lançou o Starship da plataforma em Starbase, no Texas, em seu nono teste de voo. Os estágios se separaram, mas o propulsor Super Heavy explodiu instantes depois. Cerca de 47 minutos após o início da missão, foi a vez de o estágio superior Starship ter destino semelhante devido a um vazamento de propelente. 

Starship, veículo formado pelo foguete homônimo e pelo propulsor Super Heavy (SpaceX)

“Eu esperava mais progresso da SpaceX agora”, observou Laura Forczyk, analista espacial. “Da perspectiva de alguém de fora, é frustrante, porque eu estou torcendo por eles. Muito da comunidade espacial depende do Starship”, acrescentou. Já o foguete Falcon 9 fez seu primeiro lançamento de cargas úteis em 2010 na sua segunda missão


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De fato, há muito em jogo: o Starship é parte essencial do programa Artemis, da NASA, que quer levar novos astronautas à superfície lunar nos próximos anos. Enquanto isso, a Voyager Space conta com o poderoso foguete para levar ao espaço a Starlab, sua estação espacial. E, claro, Elon Musk acredita que eventualmente vai ser possível realizar vários lançamentos do Starship a cada dia. 

Futuro do Starship 

A única alternativa ao Starship seria o Space Launch System (SLS), foguete da NASA que está em desenvolvimento desde 2011 e que foi usado para lançar a Artemis I em 2022, marcando seu primeiro voo de sucesso. 

Foguete SLS, da NASA (NASA/Joel Kowsky)

Embora a explosão do foguete no nono teste — e nos demais — possa parecer preocupante, é importante lembrar que a SpaceX enxerga tais incidentes não como algo a se evitar, mas sim como uma oportunidade de aprendizado. “Muitos bons dados para analisar”, escreveu Elon Musk, fundador da empresa, em uma publicação no X após a missão. 

Além disso, eles já conseguiram alguns sucessos com seu foguete — basta lembrar que, recentemente, conseguiram “agarrar” o booster Super Heavy com os braços da torre de lançamentos. Mesmo assim, a empresa ainda não conseguiu realizar um voo completo, e também precisa fazer com que o Starship volte inteiro ao solo. 

Ella Atkins, da Universidade do Michigan, concorda. “A SpaceX está seguindo seu ritmo normal, que é falhar rápido e aprender mais rápido ainda”, explicou. “Os problemas que estamos vendo são aqueles que já vimos em outros foguetes. Não são bons, mas são coisas com as quais sabemos lidar”, acrescentou. 

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Vídeo: Balão futurista

 

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