Indispensáveis ao longo da história, eles foram verdadeiros heróis durante a pandemia de covid-19, mas ainda são constantemente desvalorizados. E, como mostra um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), medidas precisam ser tomadas para que mais pessoas escolham a enfermagem como profissão.
De acordo com a pesquisa, a cada 10 mil habitantes, o número de pessoas graduadas em enfermagem caiu de 81 em 2018 para apenas 24 em 2023. De acordo com a recomendação da OMS, o ideal é 30 para cada 10 mil habitantes.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 40% dos países das Américas têm menos enfermeiros do que o recomendado. A instituição também informa que os profissionais de enfermagem representam 63% da força de trabalho em saúde da região.
O relatório chama a atenção para as más condições de trabalho da categoria. Isso inclui ausência de políticas específicas sobre a jornada de trabalho, precariedade do emprego e ausência de programas de saúde mental e bem-estar.
“Investir em condições de trabalho adequadas, por meio de políticas e programas que garantam o bem-estar e a saúde mental dos profissionais de enfermagem, é crucial para sua retenção”, diz Jarbas Barbosa, diretor da OPAS, em um comunicado da instituição. “Também é necessário reconhecer o valor da profissão para torná-la mais atraente para os jovens”, acrescenta.
Fonte: Revista Galileu