Motorista que atropelou jovens de 18 anos estava a 108 km/h, diz laudo

O laudo pericial do atropelamento que matou duas jovens de 18 anos, em abril deste ano, na Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, indica que o motorista do carro estava a 108 km/h quando atingiu as vítimas.

Brendo Santos Sampaio, de 26 anos, que dirigia um Honda Civic, estava acima da velocidade máxima permitida de 60km/h e, segundo o documento da Polícia Civil obtido pelo Metrópoles, não tentou frear o carro antes de bater nas meninas. As amigas Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa foram arremessadas a mais de 50 metros do local do acidente e não resistiram.

5 imagensAs amigas Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa foram atropeladas e mortas na faixa de pedestres em São Caetano; na foto, IsabelliCarro envolvido no atropelamento e morte de duas jovens de 18 anos na Avenida Goiás, em SCSAs amigas Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa foram atropeladas e mortas na faixa de pedestres em São CaetanoAs amigas Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa foram atropeladas e mortas na faixa de pedestres em São CaetanoFechar modal.1 de 5

As amigas Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa foram atropeladas e mortas na faixa de pedestres em São Caetano; na foto, Isabela

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As amigas Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa foram atropeladas e mortas na faixa de pedestres em São Caetano; na foto, Isabelli

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Carro envolvido no atropelamento e morte de duas jovens de 18 anos na Avenida Goiás, em SCS

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As amigas Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa foram atropeladas e mortas na faixa de pedestres em São Caetano

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As amigas Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa foram atropeladas e mortas na faixa de pedestres em São Caetano

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A perícia também verificou que o limitador de velocidade do carro de Breno, que funciona como um mecanismo de segurança contra acidentes, havia sido modificado de 200km/h para 350 Km/h.

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A colisão foi filmada por câmeras de segurança e as imagens foram usadas para o cálculo da velocidade aproximada do carro. No vídeo (ver abaixo), é possível ver que Isabela e Isabelli atravessavam na faixa de pedestre quando foram atropeladas.

 

 

Uma testemunha relatou à polícia que, momentos antes do atropelamento, o motorista foi visto emparelhando o seu carro com outro veículo, um Ônix branco, e aparentava estar realizando um racha. Brendo foi submetido ao teste do bafômetro, que teve resultado negativo.

Em maio, a vara do Júri de São Caetano do Sul, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) aceitou a denúncia do Ministério Público do estado (MPSP) e tornou Brendo reú. De acordo com o MPSP, o motorista “habitualmente infringia regras de velocidade, não respeitava os semáforos e dirigia manuseando o celular”.

Relembre o atropelamento

  • Na noite do dia 9 de abril de 2025, duas jovens de 18 anos foram atropeladas e mortas pelo motorista de um Honda Civic que trafegava acima da velocidade permitida na Avenida Goiás, principal via de São Caetano do Sul.
  • As amigas Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa foram arremessadas a mais de 50 metros do local do acidente e não resistiram.
  • O motorista do carro era Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, que dirigia em alta velocidade.
  • O carro de Brendo ficou completamente destruído após o acidente.
  • As vítimas foram encontradas mortas pelos policiais.
  • O motorista contou à polícia que é estudante de direito e tinha acabado de sair da faculdade, nas proximidades da Avenida Goiás, quando atropelou as duas amigas.
  • Uma testemunha ouvida pela polícia afirmou que o motorista do Honda Civic foi visto pouco antes do acidente disputando corrida com um Onix de cor branca.
  • O caso é investigado pela Polícia Civil como homicídio.
  • Brendo foi preso em flagrante em 10 de abril, no dia seguinte ao crime. A defesa do réu chegou a pedir pela soltura, mas o requerimento foi negado pela Justiça.

O que diz a defesa do réu

Na época do acidente, a defesa de Brendo definiu o ocorrido como uma fatalidade, “onde as vítimas, de certo modo, atravessaram ainda quando o semáforo estaria vermelho para elas”.
A reportagem mostrou anteriormente que a defesa do motorista pediu um exame toxicológico das vítimas. Segundo a advogada do motorista, o teste se faz necessário para entender se as amigas tinham “alguma diminuição da percepção da realidade por conta de bebida ou outra coisa” no momento do ocorrido.

 

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