12 de junho de 2025 – Jerusalém, Israel. O país entrou em estado de emergência após alertas de uma possível retaliação do Irã aos ataques israelenses contra instalações nucleares. Escolas e serviços não essenciais foram suspensos.
Israel paralisa para aguardar a resposta do Irã
O som das sirenes ecoando em Jerusalém marcou oficialmente o início de uma nova fase da crise no Oriente Médio. O Comando da Frente Interna ativou protocolos de emergência, enquanto celulares de moradores tocaram em uníssono com alertas sobre a ameaça iminente: uma resposta iraniana “significativamente maior” do que qualquer ataque anterior, segundo fontes israelenses citadas pela CNN Internacional.
Às 3h da madrugada local, o país foi colocado sob novas diretrizes defensivas. De norte a sul, todas as regiões passaram do regime de “atividade total” para “atividade essencial”. A ordem é clara: escolas fechadas, reuniões sociais proibidas e apenas setores considerados essenciais continuam operando.
O que Israel teme
A grande preocupação do gabinete de guerra liderado por Benjamin Netanyahu é uma retaliação múltipla e coordenada por parte do Irã, que pode envolver ataques com mísseis de longo alcance, drones e ações por aliados regionais como o Hezbollah no Líbano ou milícias pró-Irã no Iraque e Síria.
Além disso, há temor de sabotagens cibernéticas e ataques contra comunidades judaicas fora de Israel — especialmente na Europa e Estados Unidos, como já alertaram agências de segurança internacionais.
Três alvos na mira de Israel
Enquanto aguarda o contra-ataque, Israel não pretende recuar. Fontes militares confirmaram ao Diário Carioca que o país segue perseguindo três alvos estratégicos em território iraniano:
- Instalações nucleares: especialmente o complexo de Natanz e centros de pesquisa em Isfahan.
- Infraestrutura militar: depósitos de armas, centros de comando e bases da Guarda Revolucionária.
- Lideranças militares: figuras-chave do alto comando iraniano, muitas delas com atuação direta em conflitos na Síria e Iraque.
Divisões internas no Estado israelense
Apesar do discurso firme de Netanyahu, há crescente ceticismo dentro do próprio sistema de segurança sobre a eficácia de uma ação isolada de Israel para neutralizar o avanço nuclear iraniano. “É improvável que apenas ataques aéreos resolvam o problema”, declarou sob anonimato um alto oficial das Forças de Defesa de Israel (IDF).
Reações da população e clima nas ruas
Nas ruas de cidades como Tel Aviv, Haifa e Be’er Sheva, o clima é de apreensão. Famílias estocam alimentos, abrigos antibomba são reabertos, e comerciantes relatam cancelamentos em massa de encomendas e reservas. “Nunca vi um alerta tão geral assim desde 2014”, disse ao Diário Carioca a moradora Noa Shamir, de 42 anos.
Israel isolado?
Internacionalmente, o cenário também é tenso. Embora os Estados Unidos tenham sido previamente informados sobre os ataques aéreos israelenses ao Irã, o governo de Joe Biden optou por não endossar formalmente a operação. Fontes diplomáticas indicam que o governo americano teme uma escalada incontrolável no Golfo Pérsico — uma zona vital para o comércio mundial de petróleo.
A reação global é de cautela: Alemanha, França e Reino Unido pedem moderação; Rússia e China criticam Israel duramente e pedem que o Conselho de Segurança da ONU seja convocado com urgência.
O Carioca Esclarece
As “Diretrizes de Atividade Essencial” em Israel equivalem a um lockdown militarizado: apenas segurança, saúde e logística têm autorização para funcionar, em antecipação a ataques.
Entenda o Caso
1. O que é o Comando da Frente Interna?
É a divisão do exército israelense responsável pela defesa civil e gerenciamento de emergências dentro do país. [Fonte: IDF]
2. Por que escolas e comércios foram fechados?
Para evitar aglomerações e proteger a população diante da ameaça de bombardeios ou ataques de longo alcance vindos do Irã.
3. A resposta do Irã é inevitável?
Segundo analistas internacionais, é muito provável. O país já prometeu “resposta proporcional” aos ataques contra Natanz. [Fonte: Al Jazeera]