Se só se bater o olho na imagem de capa, o seu coração já ficou aquecido por identificar o Tamagotchi e outros brinquedos dos anos 90, essa lista é para você! A infância nos anos 90 foi marcada por muita criatividade, mas o que muita gente não percebeu é que, por trás da diversão, esses brinquedos ensinavam princípios científicos importantes para a criançada.
Sem precisar de lousa ou livro, eles mostravam na prática conceitos de física e até de biologia. Está pronto para relembrar e descobrir que sua infância foi ciência pura? Confira a lista!
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1. Pogobol
Você está empacotando a mudança e acha um pogobol pic.twitter.com/P0hWF0d0xX
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–— mona vc é maluca? (@de_salto) February 24, 2024
Muito famoso, o Pogobol era aquele brinquedo com uma bola de borracha no meio de uma plataforma circular. A criança subia em cima e quicava pra lá e pra cá. O que ninguém percebia era a aula de física acontecendo ali: o Pogobol mostrava o princípio da conservação de energia (energia não desaparece, ela apenas se transforma de uma forma para outra, como de movimento para elasticidade e vice-versa).
Isso porque, ao pressionar o brinquedo para baixo, a energia do corpo era transferida para a borracha, que se deformava e logo em seguida liberava essa energia para cima, fazendo a criança pular. Ele também ilustrava a força de reação (para toda força exercida, existe uma força igual e oposta reagindo ao mesmo tempo): ao empurrar o chão com os pés, o chão empurrava de volta com a mesma força, jogando a pessoa para cima.
2. Ioiô

O ioiô é um clássico: desce girando e depois sobe como “mágica”. Só que não é mágica, e sim física pura. Quando o ioiô desce, ele está usando a força da gravidade. Ao girar, acumula momento angular, uma espécie de “giro acumulado”, que permite que ele continue rodando por mais tempo.
Quando a corda chega ao fim, a energia do giro se transforma em movimento para cima, vencendo a gravidade. Tudo isso só funciona porque o ioiô também conserva inércia, ou seja, ele tende a continuar em movimento até que algo o pare.
3. Geloucos
A pergunta que não quer calar: quando vamos pedir a Coca-Cola a volta dos geloucos? pic.twitter.com/IurDxujntZ
— Emiliano (@LuxEmi19) March 9, 2024
Lembra dos Geloucos? Eram frascos coloridos com líquidos dentro, dados como brinde em refrigerantes. Além do visual gelado e divertido, eles ensinavam sobre transferência de calor (o calor sempre passa de algo mais quente para algo mais frio, até que os dois fiquem com a mesma temperatura).
Quando colocados no congelador, o líquido interno absorvia o frio, mudando de temperatura. Ao tirá-los do congelador, o calor do ambiente era transferido para o brinquedo, fazendo o líquido voltar ao estado líquido. Ou seja, a criança via, na prática, como o calor passa de um corpo mais quente para um mais frio, um dos conceitos básicos da termodinâmica.
4. Massinha de modelar

Brincar de massinha era mais do que criar formas. Ao apertar, esticar e misturar cores, a criança estava explorando conceitos de física e química dos materiais. A massa é um polímero flexível, que muda de forma com facilidade sem se quebrar, o que ensina sobre deformação plástica (quando um material muda de forma sem voltar ao estado original depois de ser pressionado) e viscosidade (a resistência de um material ao escorrer ou se deformar, como no caso de massas e líquidos densos).
Misturar as cores mostrava como diferentes substâncias se combinam, ajudando a entender misturas homogêneas e heterogêneas, mesmo que sem saber o nome técnico disso.
5. Tamagotchi

O Tamagotchi era um “bichinho virtual” que precisava de cuidados constantes: comida, higiene, sono e diversão. Embora parecesse só um joguinho, ele ensinava noções básicas de biologia e ecossistema. As crianças aprendiam que um ser vivo (mesmo que virtual, enfim, você entendeu) precisa de nutrição, descanso e equilíbrio para sobreviver. Também era uma forma lúdica de entender cadeia alimentar e homeostase (o equilíbrio necessário para manter o corpo funcionando bem).
Esses brinquedos dos anos 90 provaram que é possível aprender ciência de forma divertida, sem precisar de fórmulas complicadas. Afinal, a melhor forma de aprender é brincando, e, nesse caso, sem nem perceber.
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