5 brinquedos famosos dos anos 90 que ensinavam ciência e você nem percebeu

Se só se bater o olho na imagem de capa, o seu coração já ficou aquecido por identificar o Tamagotchi e outros brinquedos dos anos 90, essa lista é para você! A infância nos anos 90 foi marcada por muita criatividade, mas o que muita gente não percebeu é que, por trás da diversão, esses brinquedos ensinavam princípios científicos importantes para a criançada.

Sem precisar de lousa ou livro, eles mostravam na prática conceitos de física e até de biologia. Está pronto para relembrar e descobrir que sua infância foi ciência pura? Confira a lista!

  • Geração Alpha reage a ‘parafernálias tech’ dos anos 90 em vídeo viral; veja
  • Cientistas desenvolvem blocos inspirados em LEGO para regenerar ossos

1. Pogobol

Muito famoso, o Pogobol era aquele brinquedo com uma bola de borracha no meio de uma plataforma circular. A criança subia em cima e quicava pra lá e pra cá. O que ninguém percebia era a aula de física acontecendo ali: o Pogobol mostrava o princípio da conservação de energia (energia não desaparece, ela apenas se transforma de uma forma para outra, como de movimento para elasticidade e vice-versa).

Isso porque, ao pressionar o brinquedo para baixo, a energia do corpo era transferida para a borracha, que se deformava e logo em seguida liberava essa energia para cima, fazendo a criança pular. Ele também ilustrava a força de reação (para toda força exercida, existe uma força igual e oposta reagindo ao mesmo tempo): ao empurrar o chão com os pés, o chão empurrava de volta com a mesma força, jogando a pessoa para cima.

2. Ioiô

Ioiô é um dos brinquedos mais famosos dos anos 90 (Imagem: Daderot/Wikimedia Commons/Domínio Público)

O ioiô é um clássico: desce girando e depois sobe como “mágica”. Só que não é mágica, e sim física pura. Quando o ioiô desce, ele está usando a força da gravidade. Ao girar, acumula momento angular, uma espécie de “giro acumulado”, que permite que ele continue rodando por mais tempo.

Quando a corda chega ao fim, a energia do giro se transforma em movimento para cima, vencendo a gravidade. Tudo isso só funciona porque o ioiô também conserva inércia, ou seja, ele tende a continuar em movimento até que algo o pare.

3. Geloucos

Lembra dos Geloucos? Eram frascos coloridos com líquidos dentro, dados como brinde em refrigerantes. Além do visual gelado e divertido, eles ensinavam sobre transferência de calor (o calor sempre passa de algo mais quente para algo mais frio, até que os dois fiquem com a mesma temperatura).

Quando colocados no congelador, o líquido interno absorvia o frio, mudando de temperatura. Ao tirá-los do congelador, o calor do ambiente era transferido para o brinquedo, fazendo o líquido voltar ao estado líquido. Ou seja, a criança via, na prática, como o calor passa de um corpo mais quente para um mais frio, um dos conceitos básicos da termodinâmica.

4. Massinha de modelar

Massinha de modelar também ensinava sobre ciência (Imagem: Freepik)

Brincar de massinha era mais do que criar formas. Ao apertar, esticar e misturar cores, a criança estava explorando conceitos de física e química dos materiais. A massa é um polímero flexível, que muda de forma com facilidade sem se quebrar, o que ensina sobre deformação plástica (quando um material muda de forma sem voltar ao estado original depois de ser pressionado) e viscosidade (a resistência de um material ao escorrer ou se deformar, como no caso de massas e líquidos densos).

Misturar as cores mostrava como diferentes substâncias se combinam, ajudando a entender misturas homogêneas e heterogêneas, mesmo que sem saber o nome técnico disso.

5. Tamagotchi

Tamagotchi, um dos brinquedos dos anos 90 que fez o coração das crianças (Imagem: Nori Norisa/Wikimedia Commons)

O Tamagotchi era um “bichinho virtual” que precisava de cuidados constantes: comida, higiene, sono e diversão. Embora parecesse só um joguinho, ele ensinava noções básicas de biologia e ecossistema. As crianças aprendiam que um ser vivo (mesmo que virtual, enfim, você entendeu) precisa de nutrição, descanso e equilíbrio para sobreviver. Também era uma forma lúdica de entender cadeia alimentar e homeostase (o equilíbrio necessário para manter o corpo funcionando bem).

Esses brinquedos dos anos 90 provaram que é possível aprender ciência de forma divertida, sem precisar de fórmulas complicadas. Afinal, a melhor forma de aprender é brincando, e, nesse caso, sem nem perceber.

Leia também:

VÍDEO | A FEBRE DO TAMAGOTCHI E DOS BICHINHOS VIRTUAIS VAI VOLTAR?

 

Leia a matéria no Canaltech.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.