A mídia iraniana informou, neste domingo (15/6), que o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica derrubou 10 aeronaves israelenses. Além disso, lançou mísseis contra instalações de produção de combustível para aviões caça e de linhas de energia.
As informações preliminares foram repassadas pela agência de notícias semioficial do Irã, Mehr, e pela rede iraniana Press TV. Até o momento, as Forças de Defesa de Israel não se manifestaram sobre o ataque.
Segundo a Mehr, a Marinha do Irã conseguiu fazer o destróier britânico HMS Duncan desviar o curso — ele pretendia adentrar o Golfo Pérsico pelo Mar de Omã. A Marinha do Reuno Unido ainda não se pronunciou.
“Ofensiva preventiva”
- Na última quinta-feira (12/6), as Forças de Defesa de Israel dispararam uma “ofensiva preventiva” contra o programa nuclear do Irã.
- O governo israelense já vinha, antes do ataque, subindo o tom contra contra o regime do aiatolá Ali Khamenei, com ameaças ao programa nuclear.
- Nos últimos anos, o avanço nuclear do Irã incomodou a comunidade internacional. Israel, que é uma potência nuclear, via o avanço como uma ameaça.
- Embora ambos os países sejam rivais históricos, o ataque levou ao aumento da instabilidade no Oriente Médio.
Irã não quer expandir conflito
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse, neste domingo (15/6), que o país não tem interesse em expandir o conflito com Israel a outros países do Oriente Médio.
Segundo ele, trazer o conflito para a região do Golfo Pérsico é “um erro estratégico”. Ele acusou Israel de querer “arrastar a guerra para além do território iraniano”. Araqchi afirmou que as ações iranianas são baseadas em legítima defesa.
Na declaração, o ministro afirmou que Teerã está respondendo à ofensiva israelense. Araqchi chegou a destacar que, caso as ofensivas de Israel contra o território iraniano fossem cessadas, o Irã também pararia de atacar.
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Ele ainda disse acreditar em um envolvimento dos Estados Unidos nos ataques israelenses contra o Irã. Araqchi acusou o governo de Trump de apoiar as ofensivas de Israel e pediu respostas concretas para “provar suas próprias boas intenções”.
“É necessário que o governo dos EUA condene o ataque às instalações nucleares e se retire explicitamente deste conflito para provar suas próprias boas intenções”, ressaltou o ministro iraniano.
Mortes no Oriente Médio
O conflito entra no quarto dia e aumenta a tensão no Oriente Médio com a troca de ataques aéreos entre Irã e Israel, que resultaram em mais perdas e danos na infraestrutura tanto iranianas quanto israelenses.
Mais cedo, Israel informou que as forças armadas do Irã voltaram a disparar mísseis. A nova ofensiva deixou ao menos 10 mortos. Até o momento, há 13 vítimas e mais de 380 feridos do lado israelense.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel confirmaram uma série de ataques na capital Teerã neste domingo (15/6). Os ataques miraram instalações de produção de armas nucleares e navios-tanque de combustível.
O governo do Irã decidiu interromper a atualização de mortos e feridos no conflito. Dessa forma, as informações mais recentes contabilizam pelo menos 78 óbitos, além de 320 pessoas feridas no território iraniano.