Tempestade solar de maio foi tão forte que a detectamos no fundo do mar

Pesquisas indicam que a recente tempestade solar, do último mês de maio — famosa pelas auroras boreais que gerou — foi sentida até mesmo no fundo do mar. Os instrumentos responsáveis pela detecção foram bússolas magnéticas da Rede Oceânica do Canadá (ONC, na sigla original), que notaram distorções significativas no campo magnético da Terra.

  • Tempestades solares intensas geram auroras raramente vistas nos últimos 500 anos
  • Terra é atingida pela maior tempestade solar desde 2005

Em um comunicado à imprensa, o físico Justin Albert, da Universidade de Victoria, apontou que 2025 e 2026 serão o pico de um ciclo de atividade solar de 11 anos. Eventos de aurora boreal como o recente não aconteciam há uma década, e devem ficar mais frequentes nos próximos anos, embora seja difícil prevê-los por conta da variabilidade do Sol.

A nova maneira de identificar os efeitos de ejeções coronárias, ao posicionar bússolas no fundo do mar, poderá ajudar os cientistas a compreender melhor os efeitos do astro-rei em nosso planeta — e traduzir isso em benefícios para as ciências da geologia e geografia. 


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Aurora boreal no Canadá, em fotografia deste ano — o efeito da tempestade solar foi da atmosfera até as profundezas da Terra (Imagem: Ralf Rohner)
Aurora boreal no Canadá, em fotografia deste ano — o efeito da tempestade solar foi da atmosfera até as profundezas da Terra (Imagem: Ralf Rohner)

Tempestades solares e o campo magnético da Terra

Também chamadas de tempestades geomagnéticas, as ejeções de massa coronária do Sol jogam partículas em direção à Terra. Chegando aqui, elas batem no campo magnético e nele se entrelaçam, sendo aceleradas até o momento em que são jogadas para a atmosfera. Uma vez lá, interagem com outras partículas e geram as auroras boreais.

Além das luzes coloridas, no entanto, essas interações entre as partículas geram correntes elétricas, podendo perturbar redes de energia e causar problemas de navegação e comunicação — até mesmo blackouts de rádio. Aeronaves e satélites, que ainda estão no espaço próximo à superfície, também são afetados.

A ONC possui alguns observatórios na costa de ambos os lados do continente no Canadá, chegando a até 2,7 km de profundidade. Neles, há bússolas instaladas para monitorar mudanças nas correntes oceânicas, mas que acabaram detectando os efeitos da tempestade solar — o equipamento mais afetado estava a 25 metros abaixo do nível do mar, na costa de Vancouver, onde a agulha da bússola chegou a variar entre +30º e -30º. 

Segundo Kate Moran, presidente da ONC, esses dados são importantes para mostrar a força das ejeções solares recentes, e muito úteis para entender melhor o alcance dos efeitos geográficos e intensidade das atividades do sol.

Leia a matéria no Canaltech.

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