Histórias, localização e culinária de diversos países foram apresentadas por alunos da rede pública de Aracaju, durante a II Feira das Nações – Luta pela Paz, realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Presidente Vargas, localizada no bairro Siqueira Campos, nesta quarta-feira (29). Esta foi a culminância de um trabalho multidisciplinar cujo objetivo foi instigar a reflexão sobre a violência no mundo e promover a cultura de paz através do respeito às diversidades culturais.
Cada turma da unidade escolar trabalhou em um país: Brasil, Egito, Iêmen, China, Japão, México, África do Sul, Estados Unidos, Rússia e Ucrânia. O evento resultou em um intercâmbio cultural explanado através das explicações dos estudantes e dos materiais produzidos para ilustrá-las, estimulando a capacidade de pesquisa, liderança, criatividade e organização.
Há cerca de dois meses, os alunos fizeram uma pesquisa geral, escreveram sobre o país, se aprofundando no tema, e montaram os stands. Após as apresentações nas salas de aula, cada grupo se dirigiu à quadra da Emef para o desfile das bandeiras e dos casais de rei e rainha trajados de acordo com sua nação. Com o intuito de valorizar a pacificação entre os povos, a escola preparou um ambiente de homenagem a alguns pacificadores do prêmio Nobel da Paz e personagens brasileiros que contribuíram para uma sociedade mais justa e acolhedora.
Trabalho de integração
Como idealizadora do projeto, a professora de Língua Inglesa, Marcia Regina Oliveira conta que buscou trabalhar o projeto, este ano, abordando a temática da paz entre as nações. Com este fim, foram objeto de pesquisa países, também, que encontram-se em situação de conflito.
“Temos que tornar a escola um ambiente atrativo, para que os meninos gostem de vir, e que seja realmente um ambiente de aprendizados. Para isso, contamos com a participação de professores de todas disciplinas e foi um trabalho de cerca de dois meses em que fizemos pesquisas em várias áreas. Refletimos sobre causas dos conflitos entre países, buscando implantar no coração dessas crianças e jovens a necessidade de paz, diálogo, compreensão, e as consequências da ambição desenfreada”, relata a professora.
Emocionada, ela ressalta, ainda, o quanto o evento evidenciou o trabalho participativo das famílias e as potencialidades dos alunos. “Eles adoraram. Vimos que eles aprenderam brincando. Os professores também gostaram e trabalharam suas áreas. Construímos tudo junto. Também trabalhamos muito com os alunos com deficiência e foi lindo ver o quanto eles produzem. Adaptamos as atividades e todos pudemos confirmar que eles podem e conseguem”, expressa Marcia.
Aluna do 8º ano B, Alana Sofia Silva pesquisou e apresentou aspectos do Egito. Para ela, foi bastante interessante conhecer mais sobre este e outros países que foram abordados na Feira. “É muito importante sabermos sobre religião, comidas e curiosidades de outros lugares. Nossa professora nos ajudou a fazer os materiais apresentados nos stands e a sala toda esteve unida para se ajudar. Eu gostei muito de tudo, principalmente de saber mais sobre como é a arte e o esporte na nação que apresentei”, explica.
Mãe do estudante Ruan Gustavo Melo, do 7º ano, Adriana Melo pontua os benefícios que um trabalho como este traz para o desenvolvimento do filho. “É fundamental participar de um projeto como este, não só para adquirir aprendizados acerca dos conteúdos, mas também para o crescimento enquanto pessoa. Aqui eles estão se expressando e demonstrando o quanto têm aprendido. Ele explicou certinho e estou muito orgulhosa”, conta.
Fonte: AAN