A brasileira Fatima Boustani, de 30 anos, está em estado gravíssimo após um ataque de Israel em Siddikine, no Sul do Líbano, nesse sábado (1º/6). A casa da família foi destruída durante um bombardeio. Além da Fatima, os filhos de 10 e 9 anos também se feriram.
O Metrópoles entrou em contato com o primo do marido de Fatima, Ahmad Aidibi. O primo, Hussein Ezzddein, mora no Brasil e confirmou as informações dadas ao g1, neste domingo (2/6).
“Ela está sangrando pela cabeça e pelo pulmão”, informou Ezzddein.
A filha da brasileira, de 10 anos, teve que passar pela terceira cirurgia na noite de ontem, quando recebeu transfusão de sangue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Libanês Italiano, em Tiro, no Líbano.
O filho se encontra em observação na enfermaria, no mesmo hospital. Os outros filhos, de 12 e 7 anos, não estavam no local no momento do bombardeio.
Fátima permanece intubada no Hospital Libanês Italiano, em observação por 24 horas, aguardando transferência para Beirute, capital do país, onde poderá receber um atendimento melhor em outro hospital.
Ahmad Aidibi, pai das crianças, está na casa de Ezzedein, em Itapevi, São Paulo. “Ele está desesperado, só grita e não come”, relatou o primo ao g1.
O marido quer retornar ao Líbano, após a tragédia.
Aidibi está no Brasil há cinco anos, morando com o primo. Ele retornou ao país após uma visita à família no Líbano. A intenção era que sua esposa, que obteve a cidadania brasileira, voltasse ao Brasil com a família assim que o ano letivo das crianças terminasse, ainda este ano.
“Ele fica chorando igual uma criança” disse Ezzdain.
O marido de Fatima veio ao Brasil em busca de emprego, mesmo sem falar português, determinado a melhorar a qualidade de vida da família. Fatima e os filhos já haviam morado no Brasil antes e possuem familiares no país. Eles estavam tentando nacionalidade brasileira.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, “a Embaixada do Brasil em Beirute acompanha a situação e está em contato com os familiares dos três brasileiros feridos. Eles seguem recebendo atendimento médico”.
