Estamos um passo mais perto de reviver mamutes até 2028

A ciência está cada vez mais perto de trazer de volta os peludos mamutes extintos há milhares de anos — o último avanço da área foi feito pela empresa Colossal Biosciences, que estima conseguir clonar um membro da espécie até 2028.

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O passo em questão foi, segundo a companhia, a descoberta de como reprogramar elefantes com células semelhantes a células-tronco que conseguem se diferenciar entre as três camadas germinais que dão origem a todos os tipos de células do corpo.

O elefante-asiático é o parente vivo mais próximo dos mamutes, e pode ser chave para a ressureição da espécie milenar (Imagem: Rohit Varma/CC-BY-S.A)
O elefante-asiático é o parente vivo mais próximo dos mamutes, e pode ser chave para a ressureição da espécie milenar (Imagem: Rohit Varma/CC-BY-S.A)

O mamute-lanoso (Mammuthus primigenius) foi um mamífero tolerante ao frio cujo retorno à natureza poderia cumprir um papel ecológico importante no Ártico. Para que a espécie volte, é essencial identificar os genes que definem seu fenótipo central — nesse caso, presas curvas, crânio em forma de domo e tolerância ao frio.


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O próximo passo para os mamutes

Para o retorno dos mamutes, é preciso estudar os genes de seus parentes mais próximos, que são, neste caso, os elefantes asiáticos, 99,6% iguais geneticamente. Um dos objetivos da Colossal Biosciences a partir daí foi gerar células-tronco pluripotentes, a partir das quais seria possível gerar as células necessárias sinteticamente.

Apesar disso já ter sido feito para diversas espécies, os mamutes, por algum motivo, seguem sendo difíceis na geração dessas células-tronco embrionárias. O caminho para isso, no entanto, já foi apontado pelas pesquisas da companhia, segundo seu geneticista e representante George Church contou ao site IFLScience.

As células-tronco podem ser programadas para se tornarem qualquer célula no corpo, sendo essenciais para a criação ou recriação de qualquer animal (Imagem: Doodlartdotcom/Pixabay)
As células-tronco podem ser programadas para se tornarem qualquer célula no corpo, sendo essenciais para a criação ou recriação de qualquer animal (Imagem: Doodlartdotcom/Pixabay)

O que se espera é que a volta dos mamutes afetem positivamente o ecossistema do ártico, que pode ter sido prejudicado por nós mesmos há 10.000 anos, quando ajudamos a extinguir quase todos os grandes herbívoros da região. No Ártico, isso significa que houve uma transição de gramíneas para árvores.

Árvores fazem menos fotossíntese que grama e seguram mais calor, sendo uma espécie de “para-raio da natureza”, também guardando neve no inverno, o que isola o solo e impede que gele rapidamente. Com menos sequestro de carbono e maior calor, o carbono pode acabar sendo liberado na forma de metano, que é cerca de 80 vezes pior à atmosfera do que o dióxido de carbono.

Devolver os mamutes à natureza ajudaria nesse controle, já que elefantes adoram derrubar árvores. O caminho para chegar até eles está nos elefantes asiáticos, e foi descrito pelos cientistas da Colossal Bioscience em um artigo (ainda sem revisão por pares) publicado no repositório científico bioRxiv.

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