Suplemento prebiótico aumenta a função cerebral e melhora a microbiota

A ingestão diária de prebióticos é recomendada para melhorar a saúde do intestino, incluindo a microbiota intestinal, o que pode ser feito através do consumo de alho, cebola ou farelo de trigo. Agora, cientistas descobriram que suplementos desse tipo também melhoram a função cerebral de pessoas mais velhas.

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Para os pesquisadores do King’s College London, no Reino Unido, esta é mais uma prova de que a saúde do intestino e do cérebro estão intimamente ligadas. Comer é algo que afeta o organismo como um todo, inclusive em pessoas com mais de 60 anos.

Suplementos prebióticos

Publicado na revista científica Nature Communications, o estudo duplo-cego envolveu os efeitos no cérebro e no intestino de dois suplementos prebióticos, de baixo custo e vendidos sem receita:


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  • Inulina;
  • Frutooligossacarídeos (FOS).

Para medir o efeito dos suplementos, pesquisadores recrutaram 36 pares de gêmeos com mais de 60 anos. As duplas foram divididas de modo aleatório para que um recebesse um prebiótico, em pó, e o outro tomasse um placebo por 32 semanas.

Melhorando a função cerebral

Após a realização de testes de memória e raciocínio, a equipe de pesquisadores concluiu que consumir diariamente um dos suplementos prebióticos melhora a capacidade cognitiva e a função cerebral em indivíduos com mais de 60 anos. 

Possivelmente, isso ajuda na proteção contra doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. No entanto, mais testes precisam ser feitos antes que essa relação possa, de fato, ser confirmada.

Benefício para a microbiota intestinal

Outro benefício já esperado da inclusão de prebióticos na dieta é a melhora da saúde do intestino, especialmente da microbiota intestinal — os microorganismos que habitam essa região e trabalham em prol da saúde do organismo.

Consumo diário de prebióticos melhora a saúde do cérebro e do intestino (Imagem: Julost/Envato)

Entre as bactérias que mais se proliferaram após a ingestão de inulina ou FOS, estão as do gênero Bifidobacterium. Em testes com roedores (pré-clínicos), foi demonstrado que esse grupo regula as conexões cérebro-intestino e reduz déficits cognitivos.

No entanto, não foi observada nenhuma melhora em relação à massa muscular com o consumo de suplementos prebióticos. Para preservar esta função durante o envelhecimento, outras medidas são necessárias, como o consumo de fontes de proteínas e a prática de atividade física.

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