Dengue em Sergipe: 783 casos notificados e 49 confirmados até o momento

Da redação, Joangelo Custódio

A situação epidemiológica das arboviroses em Sergipe durante o período de janeiro a fevereiro de 2024 revela dados preocupantes. A Dengue, Chikungunya e Zika, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, permanecem, por incrível que pareça, como uma ameaça à saúde pública, exigindo atenção redobrada da população e das autoridades.

O portal AJN1 procurou a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para atualizar os dados. De 1 de janeiro a 21 de fevereiro deste ano, foram notificados 783 casos de dengue, com 49 casos confirmados. Em contraste, no mesmo período de 2023, foram registrados 1.357 casos notificados, com 384 confirmados. Apesar da redução, é essencial manter a vigilância, pois a SES alerta para o risco de aumento nos casos, principalmente nos meses de chuvas intermitentes.

Durante todo o ano de 2023, foram notificados 10.848 casos de dengue, sendo confirmados 2.771, além de 10 óbitos.

O comparativo destaca uma diminuição nos casos, contudo, a conscientização da população sobre a importância de eliminar focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti é fundamental. A água acumulada em recipientes como pneus, garrafas e vasos de plantas continua sendo o principal criadouro do vetor, conforme informações do primeiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) do ano de 2024.

CHIKUNGUNYA E ZIKA

Chikungunya apresenta 180 casos notificados e 17 confirmados até fevereiro de 2024, enquanto, no mesmo período em 2023, eram 647 notificados e 263 confirmados. Zika, por sua vez, registra 10 casos notificados sem confirmações até o momento, comparados a 79 notificados e 20 confirmados em 2023.

Embora os números demonstrem uma diminuição, a prevenção continua sendo a chave para evitar a propagação dessas doenças. A erradicação de criadouros do mosquito é uma responsabilidade coletiva, que envolve tanto a população quanto os órgãos públicos.

MUNICÍPIOS COM ALTO RISCO

De acordo com o LIRAa, o índice de classificação de janeiro de 2024 aponta que 26 municípios estão em baixo risco, 45 em médio e quatro em alto risco, sendo estes os municípios de Simão Dias (6,4), Japoatã (5,9), Nossa Senhora da Glória (4,2) e Itabaiana (4,0). Entre os municípios em condição satisfatória para o Aedes aegypti estão Estância, Feira Nova, Japaratuba, Pacatuba, Pinhão, Santo Amaro das Brotas, Umbaúba, Nossa Senhora do Socorro, entre outros.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL

É imprescindível ressaltar que, em pleno ano de 2024, ainda possam ser notificados casos de arboviroses, o que reflete falhas nas políticas públicas de saneamento básico e, principalmente, na educação ambiental e social. A conscientização da população sobre a prevenção é um dos principais caminhos para romper com esse ciclo de transmissão, dizem especialistas sanitários.

CENÁRIO NACIONAL

Enquanto Sergipe busca controlar a situação, o governo estadual do Rio de Janeiro decreta epidemia de dengue devido ao aumento expressivo de casos, ultrapassando as expectativas.

Ao menos seis estados decretaram epidemia, e outros quatro estão em situação de emergência, incluindo Acre, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal.

O Ministério da Saúde projeta 4,2 milhões de diagnósticos em 2024, mais que o dobro de 2015, evidenciando a urgência de ações coordenadas em todo o país.

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.