Pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriram que mais da metade dos medicamentos que astronautas levariam a Marte iriam vencer antes do fim da missão e, claro, antes do retorno à Terra. Portanto, a tripulação poderia acabar usando remédios que perderam a eficácia, ou que passaram a fazer mal.
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Em missões espaciais longas, astronautas não podem visitar rapidamente a farmácia mais próxima para buscar um novo medicamento. “Experiências e pesquisas anteriores mostraram que os astronautas realmente podem ficar doentes na Estação Espacial Internacional [ISS], mas há comunicação em tempo real com o solo e uma farmácia com um bom estoque, que é regularmente reabastecido”, comentou ocoautor Daniel Buckland.
Por isso, a equipe liderada por Thomas E. Diaz, residente de farmácia no Hospital Johns Hopkins, comparou os remédios usados no espaço a uma base de dados do prazo de validade internacional de medicamentos.
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Eles consideraram que os remédios usados em uma missão a Marte seriam como aqueles disponíveis na ISS, e descobriram que 54% dos 91 remédios analisados dura 36 meses ou menos. Nas estimativas mais otimistas, cerca de 60% dos medicamentos em questão iriam vencer antes do fim de uma missão a Marte; em estimativas mais conservadoras, 98% dos medicamentos iriam expirar.

“Não significa necessariamente que não vão funcionar, mas, da mesma forma que não se deve tomar medicamentos vencidos em casa, as agências de exploração espacial vão precisar se planejar considerando que os medicamentos vencidos sejam menos eficazes”, disse Buckland.
Remédio vencido
A perda de efeito de um medicamento que passou da data de validade pode ser mínima, mas também pode ser significativa. Por isso, as farmacêuticas precisam garantir a efetividade do medicamento até a data de validade indicada na embalagem.
No caso de missões espaciais longas, é preciso encontrar formas de contornar os riscos do uso de medicamentos vencidos. Uma possibilidade seria levar mais remédios a bordo, já que isso permitiria compensar a menor eficácia dos que já venceram.
“Os responsáveis pela saúde das tripulações de voos espaciais vão precisar encontrar maneiras de estender o prazo de validade dos medicamentos para completar a duração de três anos de uma missão a Marte, selecionar medicamentos com validades maiores ou aceitar o risco elevado associado à administração de medicamentos vencidos”, alertou Diaz na conclusão do artigo.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista npj Microgravity.
Leia a matéria no Canaltech.
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