Review HyperOS | A nova interface da Xiaomi é realmente nova?

A Xiaomi começou a liberar a HyperOS para seus smartphones no final de 2023 e fez um grande alarde em cima do que seria “um novo sistema operacional”. No entanto, as similaridades com a MIUI, que foi sua interface personalizada por gerações, mostraram que, na verdade, estamos diante de uma nova versão da skin. 

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De qualquer forma, o que a versão estreante da HyperOS traz de bom aos fies fãs da chinesa? Eu usei o Xiaomi 13 Pro com o novo software pelas últimas semanas, e agora trago a minha opinião sobre ele. Vale destacar que já fiz, também, um comparativo entre a última versão da MIUI e a primeira da HyperOS, para mostrar quais foram as mudanças.

Prós

  • Interface bem fluída
  • Bastante opções de personalização

Contras

  • Recursos de IA da galeria pouco funcionais
  • Muito “hype” para pouca novidade

Ainda mais personalização

A MIUI sempre foi muito conhecida por ter várias opções de personalização, sendo uma das interfaces mais modificadas em relação ao “Android puro” da Google. Naturalmente, a HyperOS segue os passos da “antiga” skin da Xiaomi e também tem as opções de customização como destaque. 


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Além da loja de temas repleta de wallpapers, AOD’s e fontes, a primeira versão da nova interface da chinesa “copiou” um recurso bem legal da Apple, o papel de parede com efeito de profundidade. Com ele, dá para criar telas de bloqueio bem divertidas, com a imagem selecionada sobrepondo itens fixos da tela, como a data e hora.

Papéis de parede em profundidade são o grande destaque em personalização da HyperOS (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)

Além disso, os Super Wallpapers também continuam sendo um grande atrativo. No entanto, assim como na MIUI, essa função é exclusiva para alguns modelos de celulares topo de linha, diferente do papel de parede em profundidade, que parece ser liberado para todos. 

Novas fontes e Central de Controle redesenhada

A Central de Controle — mais uma inspiração no iOS — já faz parte dos celulares da Xiaomi há gerações e facilita bastante na hora de controlar funções do aparelho de forma mais rápida. Com o HyperOS, ela foi completamente redesenhada e está ainda mais parecida com a que é vista nos celulares da Apple.

A Central de Controle foi reorganizada na HyperOS (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)

Não que isso seja ruim. Pelo contrário, se uma função é útil, sou adepto de todas as marcas “copiarem”. Agora o visual das configurações rápidas dos celulares Xiaomi está bem mais agradável, com bastante destaque para o Wi-Fi, redes móveis, controle de mídia e gerenciador de dispositivos de casa inteligente.

A UI também ganhou novas fontes e papéis de parede. As mudanças são bem discretas, mas deixam as telas com um aspecto bem mais moderno. 

“A Central de Controle, que agrupa as principais configurações rápidas do celular, ficou ainda mais bonita com a HyperOS e ainda mais parecida com o que é visto no iOS.”

— Bruno Bertonzin

Inteligência Artificial para a edição de imagens

Os recursos de IA estão cada vez mais populares nos celulares, e a Xiaomi também começou a embarcar nesse mundo, colocando algumas ferramentas de inteligência artificial para edição de imagem.

O resultado, porém, não é tão eficiente quanto o que é visto nos novos celulares da Samsung, por exemplo. O HyperOS usa a IA para remover itens indesejados de fotografias, mas deixa muitas marcas em volta do objeto e não consegue aprimorar bem o cenário para remover vestígios da edição. 

Recursos de IA para edição de imagem não são tão eficientes na HyperOS (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)

“A HyperOS ainda permite aplicar filtros para modificar o céu, aplicar um efeito bokeh ou até adicionar stickers. Mas isso até um celular sem recursos de IA consegue fazer bem.”

— Bruno Bertonzin

A atualização da MIUI para a HyperOS é boa?

A HyperOS chegou com várias novidades, mas a principal é a mudança do nome. A Xiaomi fez tanto alarde sob a interface que deu a entender que seria um novo sistema, o que não é. 

A UI é muito boa e está mais fluída, intuitiva e altamente customizável do que a última versão da MIUI — o que é muito bom para quem gosta de personalizar o celular. Mas nada mais é do que uma nova versão da interface anterior com um nome que gera mais hype, mas nada além disso. 

Talvez nas próximas versões a chinesa comece a implementar mudanças mais significativas e comece a fazer mais sentido falar que é uma interface nova. 

Leia a matéria no Canaltech.

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