Foguete chinês se arrebenta em órbita e gera nuvem de lixo espacial

A China lançou um foguete Long March 6A na terça (6), levando ao espaço os primeiros 18 satélites da sua megaconstelação. O veículo liberou os dispositivos na órbita baixa da Terra, mas seu estágio superior se rompeu e formou uma nuvem de lixo espacial. 

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O Comando Espacial dos Estados Unidos confirmou o rompimento do veículo, que levou à formação de mais de 300 detritos rastreáveis na órbita baixa da Terra. “O Comando não observou ameaças imediatas, e continua realizando avaliações de rotina para apoiar a segurança e sustentabilidade do domínio espacial”, declararam em um comunicado na quinta (8).

“Após o lançamento de 18 satélites G60 em 6 de agosto, a Slingshot está monitorando mais de 50 pedaços de detritos espaciais que representam perigo significativo para constelações na órbita baixa da Terra, a menos de 800 km de altitude”, escreveu a Slingshot Aerospace em uma publicação no X, antigo Twitter. A companhia oferece monitoramento de satélites e soluções a clientes governamentais e privados. 

Confira a imagem com a representação da posição dos detritos:

Já os 18 satélites são os primeiros da megaconstelação Qianfan (ou “Mil Velas”, em tradução livre), a nova rede de banda larga do país. A China criou o projeto em 2023 para oferecer serviços de comunicação de alta qualidade para usuários locais e, para isso, planeja lançar mais de 14 mil satélites nos próximos anos.

Os detritos espaciais têm tamanhos variados, dificultando o monitoramento. Normalmente, aqueles que podem ser monitorados têm pelo menos 10 cm de diâmetro, mas é provável que a nova nuvem de lixo espacial tenha fragmentos tão pequenos que passam despercebidos pelos detectores.

Esta não é a primeira vez que o estágio superior de um foguete Long March 6A deixa detritos na órbita. Um incidente parecido aconteceu em 2022, quando o veículo lançou o satélite meteorológico Yunhai-3 e acabou se rompendo, gerando mais de 500 pedaços de lixo espacial rastreáveis. 

Segundo estimativas da Agência Espacial Europeia, há mais de 10 mil espaçonaves ativas na órbita da Terra — muitas delas são satélites Starlink, da SpaceX. Elas estão acompanhadas por mais de 40 mil pedaços de lixo espacial com pelo menos 10 cm de diâmetro, e mais de 130 milhões com 1 milímetro de diâmetro.

Leia a matéria no Canaltech.

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