Gravidade de estrela “esticou” tanto um planeta que o deixou parecido com ovo

Uma equipe de cientistas liderada por Fei Dai, da Universidade do Havaí, encontrou um planeta com distorção extrema causada por sua estrela. Chamado TOI-255b, este mundo tem tamanho parecido com o da Terra e acabou com formato alongado, parecido com o de um ovo. O processo de distorção gravitacional já é conhecido, mas TOI-6255b pode ser o exemplo mais extremo já visto. 

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  • Exoplaneta que cheira a ovo podre pode ajudar em novas descobertas

Os cientistas já encontraram alguns exoplanetas tão próximos das suas estrelas que levam menos de um dia (terrestre) para completar uma volta ao redor delas. Além disso, estes mundos são atingidos por quantidades altíssimas de radiação, e suas superfícies costumam ser cobertas de lava.

Agora, Dai e seus colegas encontraram TOI-6255b, um dos exemplos mais extremos de exoplanetas do tipo. Por lá, os dias duram apenas 6 horas, e a gravidade da estrela é tão forte que o planeta ficou 10% mais alongado em um lado. “Este sistema é o mais distorcido que conhecemos até agora”, comentou Dai. 


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Apesar disso, TOI-6255b tem raio apenas 1,08 vez maior que o da Terra, e parece ser composto de ferro e silício. A má notícia é que a radiação da estrela faz com que as temperaturas por lá cheguem a nada agradáveis 1.100 ºC — se você estivesse na superfície do planeta, veria um oceano de rocha derretida sob seus pés e uma estrela no céu 80 vezes maior que o Sol.

Planetas que estão perto demais das suas estrelas ficam expostos aos efeitos gravitacionais delas (Imagem: Reprodução/Gabriel Pérez, SMM (IAC)

Este mundo inusitado representa uma boa oportunidade para pesquisadores observarem campos magnéticos poderosos em ação. É difícil ver estes efeitos no Sistema Solar porque os planetas estão afastados demais do Sol, mas no caso deste sistema, TOI-6255b pode ser banhado pelo campo magnético da sua estrela. 

“O planeta provavelmente passa por estes arcos de plasma magnetizado, porque está perto demais”, comentou Brian Jackson, pesquisador que não participou do estudo. Apesar de Dai e seus colegas não terem procurado estes efeitos no estudo, eles podem investigá-los em análises futuras.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado no repositório arXiv.

Leia a matéria no Canaltech.

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