Bailarina russa é condenada a 12 anos por doar R$ 283 à ONG ucraniana

A bailarina russa Ksenia Karelina foi presa por realizar uma doação de US$ 51,80 (o equivalente a R$ 283) a uma instituição de caridade que repassa recursos para ajuda humanitária às vítimas da Ucrânia, o que foi considerado traição pelas cortes russas. Ela foi condenada a 12 anos de prisão.

Karelina nasceu na Rússia, mas mora nos Estados Unidos desde 2012. Ela recebeu a cidadania norte-americana em 2021. A russa mora em Los Angeles e trabalha em um spa.

Ksenia declarou-se culpada no  julgamento fechado em Ecaterimburgo, nos Urais, mesmo tribunal que condenou o repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich por espionagem em julho.

A Justiça entendeu que Karelina tinha “transferido fundos no interesse de uma organização ucraniana, que foram posteriormente usados para a compra de itens de medicina tática, equipamentos e munição pelas Forças Armadas da Ucrânia”.

A Razom for Ukraine é uma organização que fornece ajuda humanitária a crianças e idosos na Ucrânia.

O advogado da russa, Mikhail Mushailov, afirmou que Karelina transferiu dinheiro para a Razom for Ukraine, porém achaca que os fundos ajudariam as vítimas de ambos os lados. Ele disse à mídia russa que ela apelaria contra a sentença.

O namorado de Ksenia, o boxeador Chris van Heerden, afirmou que estava indignado.

“Houve uma troca de prisioneiros há duas semanas, e Ksenia não estava nessa lista. Ksenia deveria estar em casa, e estou com raiva e tentando manter a compostura”, disse Chris à CBS News,

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