Ações da Vale caem na Bolsa com renúncia e acusações de conselheiro

As ações da Vale estão caindo na Bolsa brasileira (B3) na tarde desta terça-feira (12/3), depois da estridente renúncia do conselheiro independente da empresa, José Luciano Penido. Em carta encaminhada na segunda-feira (11/3) ao presidente do Conselho de Administração da mineradora, Daniel Stieler, Penido disse que a sucessão do CEO da empresa é manipulada e sofre “nefasta influência política”.

Às 14h30, os papéis da Vale registravam queda de 0,38% e 0,30%, cotados entre R$ 61,10 e R$ 61,15. Pela manhã, eles valiam R$ 62,40. 

Conselheiro independente, Penido foi um dos votos contrários à decisão de estender por seis meses o mandato do atual presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo. Na carta, ele disse ainda que se formou no Conselho “uma maioria cimentada por interesses específicos de alguns acionistas lá representados, por alguns com agendas bastante pessoais e por outros com evidentes conflitos de interesse”.

Ele observou que “não acredita mais na honestidade de propósitos de acionistas relevantes da empresa no objetivo de elevar a governança corporativa da Vale a padrão internacional de uma corporation (empresa sem um controlador específico). Neste contexto, minha atuação como conselheiro Independente se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustrante”.

Dados compilados pelo analista Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria, mostram que a Vale foi a empresa que mais perdeu valor de mercado neste ano na Bolsa de Valores. Entre 31 de dezembro de 2023 e 8 de março deste ano, as ações da empresa desvalorizaram R$ 48,3 bilhões.

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