Composto anti-câncer do brócolis pode prevenir coágulos, diz estudo

Ter uma alimentação saudável é essencial para manter uma boa saúde. Pesquisadores australianos apontam que uma boa adição ao prato é o brócolis — ele é rico em uma substância que já era conhecida por prevenir o câncer e diminuir o colesterol, e agora os cientistas descobriram que o composto também evita a formação de coágulos sanguíneos.

O sulforafano (SFN) tem afinidade com as plaquetas, as células responsáveis pela coagulação do sangue. Os pesquisadores da Universidade de Sydney descobriram que a substância diminui a aglomeração das plaquetas, diminuindo as chances de formação de trombos que podem levar ao acidente vascular cerebral. O estudo foi publicado na revista científica ACS Central Science em janeiro.

“O composto de brócolis não é apenas eficaz para melhorar o desempenho da medicação anti-coágulo após um acidente vascular cerebral, mas também pode ser usado como agente preventivo para pacientes com alto risco de AVC”, diz o biomédico Xuyu Liu, um dos autores do estudo, em entrevista ao site do Instituto de Pesquisa do Coração do Reino Unido.

Foto colorida. Brócolis em cima de uma mesa e dentro de tigela - Metrópoles
Incluir vegetais escuros como brócolis, couve e espinafre na dieta é essencial para as células do sistema imunológico. Além disso, esses alimentos são fontes de ácido fólico, substância que também participa na formação das células responsáveis pela defesa do organismo

Aposte no brócolis

Os resultados abrem portas para uma investigação mais direcionada sobre a eficácia da ingestão de vegetais como o brócolis para pessoas que estão no grupo de risco para o desenvolvimento de coágulos sanguíneos. Os cientistas também sugerem a criação de medicamentos que usem o sulforafano como princípio ativo para lidar com emergências médicas.

Os remédios usados atualmente para diminuir as chances de danos cerebrais em pacientes internados com AVC só funcionam em 20% dos casos. Em experimentos feitos com ratos, a combinação do SFN com esses medicamentos aumentou a taxa de sucesso para 60%.

O estudo ainda está em fase inicial, e não foram feitos testes em humanos.

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