James Webb descobre 6 planetas solitários em nuvem cósmica

Com o telescópio James Webb, Ray Jayawardhana, pesquisador da Universidade Johns Hopkins, e seus colegas descobriram seis planetas “órfãos” na Nuvem Molecular Perseus. Eles têm de 5 a 15 vezes a massa de Júpiter e o mais estranho é que, embora se pareçam com planetas comuns, foram formados como estrelas. 

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Eles foram encontrados no aglomerado estelar NGC 1333, a 960 anos-luz da Terra. Como não orbitam estrelas, podem muito bem ter sido formados do colapso de nuvens de gás e poeira — que foi o que formou nosso Sol, aliás. Um deles, inclusive, está cercado por um anel de gás e poeira parecido com o que formou os planetas do Sistema Solar.

Este objeto tem cerca de cinco vezes a massa de Júpiter e é o menor mundo já detectado com um anel do tipo, o qual pode dar origem a algum sistema de planetas ali. “De um mundo em miniatura ao redor de um desses objetos, você veria [a anã marrom] brilhando principalmente no infravermelho, e depois de centenas de milhões de anos, ela cairia na escuridão”, acrescentou Jayawardhana.


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Objetos que se formam como estrelas mas não são massivos o suficiente para realizar fusão nuclear são chamados de anãs marrons. “De certa forma, o que é mais interessante é o que não encontramos”, observou o autor. Segundo eles, apesar da sensibilidade do James Webb, os dados não revelaram nada ali com menos de cinco vezes a massa de Júpiter. 

Berçário estelar NGC 1333 na nuvem molecular Perseus (Imagem: Reprodução/ESA/Webb, NASA & CSA, A. Scholz, K. Muzic, A. Langeveld, R. Jayawardhana)

Portanto, isso indica que os menores objetos formados como as estrelas compartilham o tamanho e massa com alguns dos maiores planetas, que costumam ser encontrados orbitando estrelas. Então, a definição do que são planetas e estrelas torna-se menos nítida: os mundos solitários em NGC 1333 podem não ser massivos o suficiente para a fusão nuclear, mas não orbitam nenhuma estrela e se formam como anãs marrons e estrelas. 

Talvez isso seja um indício de que as anãs marrons não podem se formar com menos massa. Neste caso, elas podem ser os menores objetos de todos que nascem do mesmo processo formador de estrelas. 

Os dados indicam ainda que as anãs marrons com massa planetária parecem formar 10% dos objetos em NGC 1333. A quantidade é maior do que o esperado nos modelos de formação estelar, o que sugere que possam existir outros processos (como turbulência) por trás da formação destes mundos.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado no repositório arXiv.

Leia a matéria no Canaltech.

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