
Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), estaria passando por um longo período de isolamento social no presídio, gerando transtornos mentais como psicose e desorientação. A situação foi revelada em uma petição enviada para a administração da Penitenciária Federal de Brasília pela defesa do detento.

Marcola estaria apresentando sinais de psicose por conta do período de isolamento – Foto: Reprodução/Reuters/ND
O documento encaminhado ao juiz corregedor do presídio detalha que os familiares de Marcola estão preocupados com a saúde mental dele. Eles relatam que durante visitas ao presídio notaram que o detento apresentava sinais de desorientação e momentos de desconexão com a realidade.
A petição também destaca que, nos últimos dois ou três meses, o líder do PCC estaria incomunicável. Marcola teria sido colocado em regime de isolamento total, retirado de sua cela, sem contato com outros presos, sem receber visitas e ver a luz do sol.
A situação teria causado mudanças significativas no comportamento do detento. As câmeras na cela e no banheiro estariam mexendo com a cabeça dele.
Marcola teria sido levado à enfermaria
A defesa ainda argumenta que Marcola teria sido colocado na ala da enfermaria há um mês, mesmo sem estar doente. A ação teria como objetivo segregá-lo ainda mais dentro do presídio.

Penitenciária Federal de Brasília, onde o líder do PCC está detido – Foto: Reprodução/Senappen/ND
A petição pede o fim do isolamento social, uma avaliação psicológica urgente para saber a extensão dos danos causados e uma justificativa do isolamento de forma tão prolongada.
O texto ainda cita um estudo indicando que o isolamento total e a falta de convívio social podem provocar danos como depressão, ansiedade e até psicose, que gera uma desconexão com a realidade.