Greve deixa escolas e creches municipais sem aulas em São Paulo

São Paulo — Parte das escolas e creches municipais de São Paulo estão sem aulas após servidores da educação aprovarem uma greve por tempo indeterminado para pressionar a Prefeitura por reajuste salarial. A paralisação foi aprovada durante assembleia na sexta-feira (8/3), em ato em frente à Câmara dos Vereadores.

Na terça-feira (12/3), o movimento ganhou a adesão de outras categorias do funcionalismo público. Os servidores protestam contra o reajuste de 2,16% proposto pela gestão Ricardo Nunes (MDB) — a reivindicação dos professores é de 39% de aumento.

Um protesto realizado nessa quarta-feira (13/3) em frente à prefeitura (foto de destaque) reuniu professores e demais representantes do funcionalismo municipal.

Falta de professores

Em carta aberta à população divulgada na segunda-feira (11/3), a Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc) informou que boa parte das escolas municipais sofre com a falta de professores e de pessoal do quadro de apoio, especialmente após cortes de funcionários da limpeza, vinculados aos contratos com empresas.

“Muitas unidades educacionais ficaram sem serviços básicos de manutenção, limpeza de caixas d’água, dedetização e desratização, que deveriam ter sido feitos durante as férias”, diz a carta da Coeduc.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), disse por meio de nota que não há autorização para suspensão das atividades nas unidades educacionais.

2,3 milhões de refeições

“O atendimento aos estudantes é essencial para seu desenvolvimento, além de garantir a segurança alimentar com a distribuição de 2,3 milhões de refeições diárias”, informou.

Segundo a prefeitura, 3,4% das unidades educacionais não tiveram atendimento — o número exato de unidades e alunos afetados pela parasliação. “As ausências não justificadas serão descontadas, de acordo com a legislação, e a pasta irá providenciar professores para atendimento dos estudantes”, diz a nota.

A Secretaria da Educação disse lamentar que “os sindicatos se pautem por uma agenda político-partidária completamente desvinculada do compromisso com o atendimento das crianças ao serviço essencial que é a educação”.

“A SME orienta os responsáveis pelos alunos a acionar a Diretora Regional de Educação da região em caso de escola sem atendimento. Todas as medidas cabíveis serão tomadas”, informa.

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