Review Mondial Dolce Crema | Cafeteira para espresso e cápsulas

A Dolce Crema da Mondial é uma cafeteira que promete um bom custo-benefício para quem quer começar a preparar café espresso em casa sem gastar uma fortuna em uma máquina mais avançada. Além do disso, ela também consegue preparar cafés em cápsulas. Eu testei a Mondial Dolce Crema nas últimas semanas e agora conto o que achei dela. 

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Design e construção

A Mondial Dolce Crema tem um acabamento bem simples, todo em plástico. Porém, isso não é um problema, afinal estamos falando de uma cafeteira simples, para quem está começando no mundo do café espresso. 

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Apesar da construção simples, ela tem uma certa beleza, e o design mais discreto cai bem em qualquer ambiente. Um ponto positivo é que na parte de baixo ela tem ventosas, que a deixam firme na bancada e evita que ela se mova durante o preparo ou que você precise ficar segurando firme na hora de travar o porta-filtros. 

Por falar nisso, o kit inclui um filtro para espresso e um para ristretto. A diferença é a capacidade que cada um suporta. De qualquer forma, o modelo pequeno se mostrou um pouco “desnecessário”, porque mesmo para ristretto — ou seja, 45 ml de café — dá para usar o filtro grande e ter um controle maior da intensidade da bebida. 

É importante destacar que ambos são pressurizados, o que é comum em cafeteiras espresso mais simples. Talvez dê para adaptar filtros não pressurizados de 51 mm, mas confesso que não testei isso, então não posso confirmar se dá certo. 

Na lateral da cafeteira, um bico de inox serve para vaporizar o leite e fazer bebidas mais “aesthetics”, como cappuccinos com latte art. Já na parte de trás fica o reservatório de água, com capacidade de 1,2 litro.

Um lado negativo é que a altura do porta-filtros encaixado na máquina é pequena e não tem regulagem. Com o “cachimbo” padrão, o espaço máximo é de 10 cm para a xícara. Com o porta-cápsulas da Dolce Gusto, que é maior, o espaço é ainda mais limitado. Assim, não dá para usar canecas muito grandes. Tirando a bandeja coletora na parte de baixo até dá para ter mais liberdade, mas ainda assim não cabe canecas altas. 

Acessórios inclusos e não inclusos

O kit da Mondial Dolce Crema inclui, além da cafeteira, um porta-filtros padrão, que suporta os dois filtros pressurizados de tamanhos diferentes que também já chegam na caixa. Além disso, vem uma colher medidora que também funciona como um compactador — também conhecido como “tamper”. 

O acessório é de plástico, e a parte compactadora não é do tamanho exato do filtro. Assim, você precisa de um trabalho a mais na hora de compactar o café nas extremidades. Mas exigir mais que isso é só preciosismo, não chega a ser um grande problema. 

Ela tem suporte para cápsulas da Dolce Gusto e Nespresso, porém o ponto negativo é que os porta-cápsulas são vendidos separadamente. No site da Mondial, cada um custa aproximadamente R$ 90. Acaba não sendo um custo-benefício tão grande, mas são acessórios opcionais e, certamente, mais baratos do que comprar uma máquina separada de cada marca. 

“O fato de ter suporte para cápsulas da Nespresso e Dolce Gusto fazem da Mondial Dolce Crema uma cafeteira bem versátil e ótima para quem quer fazer bebidas rápidas e descomplicadas. A marca só peca por não incluir os acessórios no kit.”

Usabilidade

• Pressão: 20 BAR
• Potência: 1200 W

A Mondial Dolce Crema é uma cafeteira bem eficiente e, deixando de lado algumas limitações — como o acabamento simples e o pouco espaço para xícaras — o desempenho é ótimo. Eu usei a cafeteira diariamente por cerca de duas semanas e gostei bastante do funcionamento dela. 

Nesse período, fiz mais espressos e ristrettos usando o filtro maior e o resultado foi bem satisfatório. O fato de serem pressurizados ajuda a manter a consistência da crema, independente do café utilizado. Mas é importante deixar claro que, para esse tipo de máquina, o ideal é que compre café em grão próprio para espresso e que tenha um bom moedor. 

Aqui, segui esse padrão e gostei bastante de todas as bebidas que tirei nela. O café sai bem encorpado, saboroso e com uma crema bem espessa. Sei que são cafeteiras de uso diferente, mas comparei com uma Oster Prima Latte e achei o café na Mondial ligeiramente melhor. 

O bico vaporizador também funciona legal e permite deixar o leite bem espumado para fazer art latte, por exemplo. Eu não sou muito versado nesse assunto e nunca tentei “desenhar” no cappuccino, então não posso dizer se dá certo. Mas, de qualquer forma, o leite fica com uma boa textura e temperatura, o que dá um ótimo sabor para cappuccinos.

É importante destacar que todo o funcionamento da máquina é manual, ou seja, você precisa apertar o botão para começar a extrair o café e depois apertar novamente para parar. Não há modos pré-programados para espresso e ristretto. 

Consumo de energia

O consumo de energia da Dolce Crema é irrisório. Para preparar dez espressos de cerca de 90 ml, ela gasta cerca de 0,10 kWh. Assim, ela gastaria cerca de R$ 2,18 em um mês caso fosse usada para preparar essa quantidade da bebida por dia — o que é excelente, considerando que dificilmente você tomará 10 espressos em um dia. 

Assim, se ela for usada pelo menos uma vez por dia, o gasto em um mês será de aproximadamente XX. Para este cálculo, usamos o valor do kWh da Copel para a cidade de Curitiba, pois esta companhia tem taxas fixas que facilita uma estimativa de consumo. 

“A Mondial Dolce Crema é uma das cafeteiras espresso com melhor custo-benefício do momento. Ela extrai cafés bem encorpados e com crema bem consistente, características que basicamente definem quando um espresso é bem feito.”

Cuidados e limpeza

Uma cafeteira espresso é mais “complicada” de manter porque requer uma limpeza adequada após cada uso. Um lado negativo da Dolce Crema é que seus filtros pressurizados não são fáceis de lavar, já que a parte “interna” deles é inacessível. 

Mais uma vez comparando com o modelo da Oster, a Prima Latte consegue ser mais eficiente nesse quesito, já que dá para “desmontar” todo o filtro e lavar separadamente cada parte. A Mondial poderia ter tido um cuidado parecido com a sua máquina. 

De qualquer forma, dá para contornar isso. Basta passar uma quantidade de água quente da própria Dolce Crema com o filtro vazio para remover excessos de café dele. Depois é só lavar normalmente mais uma vez. Esse fluxo de água quente também é indicado fazer sem o porta filtro, para tirar resíduos de pó de café da própria saída de água da máquina. O mesmo deve ser feito com o bico vaporizador.

Concorrente direto

Eu falei bastante da Prima Latte nesse review apenas porque testei esse modelo recentemente, mas a Oster tem outra alternativa equivalente à Mondial Dolce Crema: a Oster Espresso Double Digital. 

Assim como a Mondial, essa cafeteira também tem pressão de 20 bar e oferece um funcionamento bem parecido. Nela, o usuário também tem a opção de usar cápsulas da Nespresso, com adaptador já incluso no kit, mas não tem suporte para Dolce Gusto. 

A Oster também tem a vantagem de ter botões automáticos para servir ristretto e espresso e essas teclas são personalizáveis, caso queira mudar a quantidade padrão de bebida. Ela também traz um bico vaporizador para leite. 

Quanto à faixa de preço, a Oster Espresso Doble Digital é encontrada entre R$ 700 e R$ 900, enquanto a Mondial Dolce Crema fica por volta de R$ 500 a R$ 750. 

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Vale a pena comprar a Mondial Dolce Crema?

Sim, vale a pena comprar a Mondial Dolce Crema. Ela é uma ótima opção para quem busca um bom custo-benefício para entrar no mundo dos cafés espresso em casa. Seu desempenho geral é bom e o funcionamento manual não chega a ser um problema, já que o café é extraído de forma bem rápida. 

O sabor da bebida fica muito encorpado e a crema é bem consistente — características bem procuradas em um bom espresso. 

Um ponto negativo é a ausência dos porta-cápsulas no kit, mas estes são acessórios opcionais, então não chega a ser um problema tão grande. A altura do porta-filtros na máquina também pode ser um problema, então tenha em mente que você só poderá usar copos e xícaras pequenas nela. 

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