Prótese de silicone: mitos e verdades sobre o procedimento

Em que momento da vida você começou a desejar colocar próteses de silicone? Você se lembra quem foi a mulher com corpo exuberante que fez você pensar: “é isso que eu quero para mim”? 

Embora a primeira prótese de silicone tenha sido colocada nos Estados Unidos em 1962, as primeiras responsáveis por fazer muitas mulheres desejarem aumentar os seios foram atrizes de seriados dos anos 80 e 90.

Mesmo vendo essas grandes estrelas de Hollywood com suas próteses, ainda havia muitos obstáculos que dificultavam a realização deste sonho. Em primeiro lugar, o custo da mamoplastia de aumento era inacessível para a maioria das mulheres. 

Porém, mesmo hoje, quando este sonho se tornou possível para grande parte das mulheres, ainda existe algum receio quanto à cirurgia devido a mitos que foram criados ao longo das décadas.

Em alguns casos, esses mitos se originaram devido a fatos que realmente aconteciam no passado, mas que deixaram de ocorrer à medida que as técnicas cirúrgicas e a própria prótese de silicone evoluiu.

Em outros casos, trata-se apenas de medos sobre algo que as pessoas não conhecem tão bem e, por esse motivo, tendem a gerar tabus sobre o implante mamário, seu impacto sobre a saúde, resultados na amamentação e assim por diante. 

Será que você acredita em algum desses mitos? Tem dúvidas sobre o antes e depois da prótese de silicone? Então, essa é a sua oportunidade de esclarecer todos os seus questionamentos sobre esse assunto. 

A seguir, vamos desvendar alguns desses principais tabus. Continue a leitura para não ser vítima de medos infundados sobre a mamoplastia de aumento!

Mitos e verdades sobre a prótese de silicone 

Mito 1: Prótese de silicone impede a amamentação

Embora as mulheres possam colocar silicone em qualquer idade, a verdade é que grande parte das pacientes é composta por jovens entre 18 e 34 anos, que fazem 56% das mamoplastias de aumento, conforme a International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). 

Isso significa que, na maioria das vezes, a mulher que coloca silicone hoje tem a perspectiva de ter filhos no futuro. Por esse motivo, algumas delas chegam à clínica com o receio de que o implante possa dificultar ou impedir a amamentação.

Porém, a verdade é que não existe nenhuma dificuldade relacionada à prótese de silicone e amamentação. O implante não impede o funcionamento da glândula mamária, nem a distribuição do leite.

No entanto, a forma como as próteses são inseridas pode influenciar essa questão. Caso o cirurgião faça a incisão ao redor das aréolas e coloque o silicone abrindo espaço entre o bico do seio e a parte posterior da mama, haverá o rompimento de dutos lactíferos. 

Esse é um dos motivos pelos quais, hoje em dia, as incisões costumam ser feitas sob a dobra da mama (inframamária). Embora bem menos frequente, existe ainda possibilidade de uma incisão transaxilar (abertura na axila).

Em ambas as abordagens, o risco de comprometer a amamentação é ínfimo, pois esses dois procedimentos preservam os dutos lactíferos, permitindo que a mulher amamente normalmente.

É importante ressaltar que, mesmo em casos de incisão periareolar, muitas mulheres conseguem amamentar sem problemas, embora o risco de uma dificuldade seja maior.

É fundamental que você consulte um cirurgião plástico experiente e discuta seus planos de amamentação antes da cirurgia para garantir os melhores resultados.

Mito 2: Prótese de silicone causa câncer de mama

Com o aumento de informação disponível, muitas mulheres já entenderam que a prótese de silicone não causa câncer de mama. Porém, algumas ainda acreditam neste mito e, por esse motivo, é importante esclarecer alguns fatos. 

Estudos científicos extensivos não encontraram nenhuma relação causal entre implantes de silicone e o desenvolvimento de câncer de mama, ou seja, a porcentagem de mulheres com câncer é a mesma na população com ou sem prótese. 

Grandes organizações de saúde, como a FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil, afirmam que não há evidências que associam diretamente os implantes de silicone ao aumento do risco de câncer de mama. 

Na verdade, a maioria dos estudos disponíveis confirma que as próteses são seguras para uso estético e reconstrutivo.

Hoje, sabe-se que o câncer de mama ocorre devido à multiplicação desordenada de células anormais na mama. Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da doença, incluindo predisposição genética, fatores hormonais e comportamentais, como dieta e exposição a toxinas. 

A prótese de silicone, por sua vez, é feita de um material inerte e biocompatível. Ela não interage com os tecidos mamários, não é tóxica e não tem a possibilidade de provocar o surgimento de tumores.

A dura verdade é que, se você se preocupa com o desenvolvimento do câncer, alguns fatores do nosso dia a dia estão relacionados ao problema. Cigarro, consumo de bebidas alcoólicas, alimentação rica em açúcar são alguns dos perigos reais. Sedentarismo e aumento do peso corporal também aumentam o risco de câncer. 

Portanto, não há razões científicas para acreditar que as próteses de silicone causem câncer de mama. A decisão de realizar a cirurgia deve ser baseada em informações corretas e orientada por um profissional de saúde qualificado.

Mito 3: Prótese de silicone precisa ser trocada a cada 10 anos

No passado, essa informação era verdadeira. Porém, houve uma grande evolução nas próteses, o que fez com que isso se tornasse um mito. 

Atualmente, não existe uma data de validade fixa para o implante e a durabilidade da  prótese de silicone corresponde a décadas. A ANVISA aprova o uso desses dispositivos por períodos que variam entre 10 a 20 anos, inclusive com garantia dos fabricantes.

Contudo, isso não significa que seja necessário trocá-los automaticamente após esse tempo. Na verdade, muitas mulheres superam esses prazos com segurança, sem precisar de uma substituição. A maioria das pacientes só precisa trocar os implantes uma vez na vida, ou até mesmo nunca.

Mas como saber quando trocar a prótese de silicone? Para chegar a esta decisão, o médico considera alguns fatores específicos:

  • Contratura capsular: caso não tenha ocorrido a formação de um tecido endurecido ao redor da prótese, não é necessário trocar o implante.
  • Deslocamento da prótese: se as próteses não se deslocaram de sua posição original, não há necessidade de substituí-las.
  • Exames de imagem: se os exames mamários indicarem que tudo está normal e não há fissuras na prótese, não há necessidade de troca.
  • Satisfação da paciente: se a paciente está satisfeita com o tamanho das próteses e o resultado da cirurgia, não há motivos para substituição.

É importante lembrar que, nas próteses de silicone mais modernas, a necessidade de troca é raríssima. A consulta regular com um cirurgião plástico de confiança é fundamental para monitorar a condição dos implantes e tomar decisões informadas sobre a necessidade de substituição.

Mito 4: Prótese de silicone estoura facilmente

A ruptura da prótese de silicone é uma ocorrência extremamente rara, especialmente com os implantes modernos. Hoje em dia, esses dispositivos são fabricados com materiais altamente resistentes e duráveis, projetados para suportar a pressão e os impactos cotidianos.

O aspecto mais importante para evitar problemas com implantes de silicone é garantir que o material utilizado seja de alta qualidade e certificado por órgãos reguladores. No Brasil, essa certificação é responsabilidade da ANVISA.

Mas como você pode saber se a sua prótese é certificada pela ANVISA, não foi falsificada e foi fabricada com todos os requisitos de segurança? Procurando uma clínica confiável, com tradição na realização de mamoplastias de aumento.

Clínicas sérias, que operam conforme as normas e leis vigentes, compram as próteses diretamente do fabricante. Assim, elas têm certeza de que se trata de um produto original, que passou por testes que confirmam sua segurança.

Portanto, embora a possibilidade de uma prótese estourar não seja impossível, é extremamente improvável, especialmente quando são tomados os cuidados necessários na escolha do cirurgião.

Mito 5: Cirurgia de prótese de silicone é muito dolorosa

Este é outro ponto que gera grande receio e faz com que o desejo de aumentar os seios seja menor que o medo de sentir dor no pós-operatório. Se esse é o seu caso, não precisa mais adiar sua cirurgia para aumento das mamas!

Os avanços na técnica cirúrgica, como o uso de anestesia local com sedação e a escolha cuidadosa da posição do implante (submuscular ou subglandular), têm contribuído para reduzir significativamente o desconforto durante a recuperação da cirurgia de prótese.

A dor associada à mamoplastia de aumento é geralmente leve, manejável com medicação adequada. Grande parte de nossas pacientes relata apenas incômodo, desconforto, uma sensação de pressão e rigidez no peito, e não uma dor aguda.

Muitas ainda descrevem essa sensação como semelhante a uma dor muscular após um exercício intenso. Portanto, plenamente suportável, não é mesmo? 

Essa sensação tende a diminuir nos primeiros dias após a cirurgia de prótese de silicone. Com o uso de analgésicos prescritos pelo cirurgião, seguindo as orientações de repouso e cuidados pré-operatórios e pós-operatórios, a recuperação costuma ser tranquila.

Como colocar silicone com segurança?

Fazer a cirurgia de aumento de seios de forma segura começa com a escolha de um cirurgião plástico especializado e experiente. É essencial que o profissional seja certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), pois isso significa que ele passou por um rígido processo de formação, acompanhamento e avaliação.

Durante a consulta, seja honesta sobre seu histórico de saúde, incluindo condições médicas, alergias, e uso de medicamentos. Isso ajuda o cirurgião a planejar o procedimento de forma segura, minimizando riscos.

Além disso, é importante discutir claramente suas expectativas em relação ao resultado do procedimento. Um bom cirurgião irá aconselhar sobre o tamanho e tipo de prótese mais adequados ao seu corpo e às suas metas, sempre priorizando sua saúde e segurança. 

Para garantir a segurança e satisfação com os resultados da prótese de silicone, antes e depois da cirurgia, é crucial escolher um cirurgião especializado e manter uma comunicação aberta sobre suas expectativas e histórico de saúde. Esse é o segredo para sua plena satisfação com o procedimento.

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