O Brasil tem enfrentado uma crescente alta de casos de dengue nos últimos meses e, de acordo com um recente estudo conduzido por pesquisadores da Fiocruz, a causa está atrelada ao desmatamento, às mudanças climáticas e às recorrentes ondas de calor no país. A doença tem se espalhado com grande velocidade até mesmo em regiões onde não era tão comum, como Centro-Oeste e Sul.
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Com a ocorrência de eventos extremos, como chuvas intensas, alagamentos e secas, a proliferação do mosquito da dengue, o Aedes Aegypti, tem aumentado vertiginosamente. Outro fator importante é a degradação ambiental, uma vez que as queimadas e o desmatamento contribuem para o aquecimento global.

“No interior do Paraná, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, o aumento de temperaturas está se tornando quase permanente. A gente tinha cinco dias de anomalia de calor, agora são 20, 30 dias de calor acima da média ao longo do verão. Isso dispara o processo de transmissão de dengue, tanto por causa do mosquito quanto pela circulação de pessoas”, explica Christovam Barcellos, autor principal do estudo e pesquisador do Observatório de Clima e Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).
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“Nessas regiões que estão sofrendo com altas de temperatura, também temos visto um desmatamento muito acelerado. E dentro do Cerrado Brasileiro há as cidades que já têm ilhas de calor, áreas de subúrbio ou periferias com péssimas condições de saneamento, tornando mais difícil combater o mosquito”, pontua o pesquisador.
O estudo foi publicado na plataforma Scientific Reports, da Nature.
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