Uma jovem de 21 anos foi indiciada pela Polícia Civil em Gurupi, região sul do Tocantins, por aplicar um golpe que envolveu uma falsa gestação. A investigação aponta que ela teria simulado uma gravidez para obter vantagens financeiras de um homem com quem teve um breve envolvimento.
Durante cerca de nove meses, o homem enviou valores por transferências bancárias acreditando que estava ajudando nos custos da gestação de um filho que seria dele. A suposta mãe alegava que a gravidez era delicada e exigia cuidados adicionais. O comportamento levantou suspeitas apenas após o período previsto para o parto.
Nas redes sociais, a mulher chegou a publicar imagens de um bebê e desabafos relacionados à ausência paterna. O homem tentou contato para conhecer a criança e chegou a marcar um teste de DNA, que não se concretizou porque a mulher não compareceu à clínica.
Dias depois, o enredo ganhou novo capítulo: a jovem divulgou publicações lamentando a morte da criança, o que levou o homem a buscar mais informações. Ao tentar confirmar o suposto falecimento, ele percebeu inconsistências nos relatos, inclusive sobre o local e o serviço funerário responsável.
Com indícios de que havia sido enganado, o homem procurou a Polícia Civil, que abriu investigação. O inquérito concluiu que a mulher agiu de forma planejada para manter o vínculo afetivo e obter dinheiro, criando uma narrativa falsa de maternidade.
Ela foi indiciada por estelionato, crime que prevê pena de um a cinco anos de reclusão, e o caso foi encaminhado ao Poder Judiciário para os desdobramentos legais.