Ministro de Lula reage à ameaça do governo Trump de sanção a Moraes

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) do governo Lula, Jorge Messias, reagiu à fala do secretário de Estado americano, Marco Rubio, de que há “grande possibilidade” de a gestão Donald Trump aplicar sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

Sem citar a fala do secretário de Trump, cujo cargo equivale ao de chanceler no Brasil, o ministro de Lula afirmou que o Brasil respeita a soberania das nações, mas ponderou que a boa convivência entre os países “pressupõe reciprocidade” entre eles.

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Jorge Messias, chefe da AGU

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
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O ministro do STF, Alexandre de Moraes

Antonio Augusto/STF

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Jorge Messias, chefe da AGU

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

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“No Brasil, valorizamos e nos orgulhamos do princípio da separação dos Poderes. A magistratura nacional independente é um dos pilares fundamentais do Estado de Direito. A democracia não pode existir sem a independência entre os Poderes. Respeitamos a soberania de todas as nações, e a boa convivência pressupõe a reciprocidade”, afirmou o chefe da AGU.

O ministro do governo Lula disse ainda que a “histórica relação de parceria, amizade e benefícios mútuos entre entre países amigos e democráticos deve sempre servir como um farol, orientando as decisões tomadas pelas autoridades constituídas”.

Embora não tenha mencionado os Estados Unidos, interlocutores de Messias informaram à coluna que a mensagem foi uma resposta à fala do chefe da chancelaria de Trump. Rubio deu a declaração em sessão da Comissão de Relações da Câmara norte-americana.

Na sessão, que ocorreu na quarta-feira (21/5), o secretário do governo Donald Trump foi questionado se o governo norte-americano planeja sancionar Alexandre de Moraes, acusado por lideranças bolsonaristas de promover “censura” no Brasil.

“Isso está sob análise neste momento, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça”, disse Rubio, ao responder pergunta feita pelo deputado republicano Cory Mills.

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