Preocupados com a imagem do presidente Lula após o escândalo do INSS, integrantes do Palácio do Planalto já começaram a calcular os prejuízos da crise para o governo federal.
Nos últimos dias, o chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Sidônio Palmeira, apresentou a ministros palacianos pesquisas medindo o impacto da crise.
Segundo apurou a coluna, os números dos levantamentos apresentados mostram que a crise já reflete nas pesquisas. Os resultados, porém, estariam dentro da média do esperado.
Com base nos resultados das pesquisas, a avaliação de integrantes do Planalto é de que o governo ainda tem espaço para “trabalhar” e reduzir os impactos do escândalo na imagem de Lula.
Para Planalto, CPI do INSS é inevitável
Auxiliares de Lula já admitem, no entanto, que o governo não deve conseguir barrar o a CPI mista do INSS. A estratégia do Planalto agora é tentar postergar os trabalhos das comissões.
O governo pretende trabalhar para começar os ressarcimentos dos aposentados prejudicados com os descontos indevidos antes que a CPMI seja instalada no Congresso Nacional.
Metrópoles revelou escândalo do INSS
O escândalo do INSS, o Instituto Nacional do Seguro Social, foi revelado pelo Metrópoles por meio de em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.
Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude na filiação de segurados.
As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal. Também provocaram a demissão do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.