Com PF em silêncio, Paes insiste com Mendonça por fim de inquérito

Investigado no STF em um inquérito aberto a partir das delações premiadas da Odebrecht, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, insistiu ao ministro André Mendonça em um pedido para que a apuração seja arquivada. O inquérito foi aberto em abril de 2017, ou seja, há sete anos.

Os advogados de Paes e do deputado federal Pedro Paulo, aliado do prefeito carioca, também investigado, alegaram a Mendonça que a última extensão de prazo concedida pelo ministro, de 60 dias para conclusão do inquérito, foi determinada em 11 de março e se encerrou no último dia 10.

Na petição enviada a André Mendonça nesta terça-feira (14/5), a defesa apontou que, desde então, a Polícia Federal não apresentou nenhum relatório ou manifestação no processo e reforçou ao ministro a solicitação por encerramento da investigação.

Como mostrou a coluna, os advogados de Eduardo Paes e Pedro Paulo já haviam alegado, além do tempo excessivo de tramitação do inquérito, que as provas apresentadas pela Odebrecht em seu acordo de leniência foram anuladas no Supremo.

O inquérito contra os políticos do PSD inclui material da leniência da Odebrecht, como os sistemas Drousys e MyWebDayB, usados pela empreiteira para gerir e contabilizar pagamentos ilícitos a autoridades.

A apuração no STF mira o suposto pagamento de R$ 300 mil em caixa dois à campanha de Pedro Paulo à Câmara dos Deputados, em 2014. O repasse, segundo o ex-diretor da Odebrecht e delator Benedicto Júnior, foi intermediado pelo prefeito carioca, a quem a empreiteira deu o codinome de “Nervosinho” em seus sistemas de gerenciamento de pagamentos ilegais.

 

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