Quem era apóstolo Rina, líder da Igreja Bola de Neve que já foi acusado de violência doméstica

Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, transformou o cenário religioso brasileiro ao fundar a Igreja Bola de Neve em 2000, direcionada principalmente ao público jovem. O religioso morreu em um acidente de moto em Campinas (SP), no último domingo (17).

Apóstolo Rina era o fundador da Igreja Bola de Fogo

Apóstolo Rina morreu em acidente de moto após retornar de um culto no último domingo – Foto: Redes sociais/Reprodução/ND

Com uma abordagem descontraída e um púlpito inusitado feito de prancha de surfe, Rina conquistou corações e mentes. Filho de pais evangélicos e com uma infância influenciada pela fé, Rina superou uma hepatite grave que, segundo ele, o fez entender “a existência real do inferno”.

Dedicando sua vida à pregação, ele começou com reuniões informais em 1993 e fundou a Bola de Neve em 1999, inicialmente em um pequeno espaço no Brás, São Paulo. O nome da igreja representava o crescimento exponencial que Rina visualizava, e ele alcançou esse objetivo, expandindo a Bola de Neve para centenas de cidades.

Rina fundou a Bola de Neve em 1999; nome remete ao crescimento exponencial da instituição que teria virado uma 'bola de neve' em centenas de cidades - Bola de Neve/Reprodução/ND

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Rina fundou a Bola de Neve em 1999; nome remete ao crescimento exponencial da instituição que teria virado uma ‘bola de neve’ em centenas de cidades – Bola de Neve/Reprodução/ND

Rinaldo era o fundador da Igreja Bola de Neve, que atraía milhares de fiéis em todo o país - Bola de Neve/Reprodução/ND

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Rinaldo era o fundador da Igreja Bola de Neve, que atraía milhares de fiéis em todo o país – Bola de Neve/Reprodução/ND

O religioso morreu em um acidente de moto em Campinas (SP) - Bola de Neve/Reprodução/ND

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O religioso morreu em um acidente de moto em Campinas (SP) – Bola de Neve/Reprodução/ND

Apóstolo Rina foi acusado de violência doméstica contra a ex-mulher em junho deste ano

Sua trajetória de liderança foi marcada por uma polêmica em junho deste ano, após denúncias de violência doméstica feitas pela ex-esposa, a pastora Denise Seixas. As denúncias, que incluíram relatos de violência física, psicológica e controle financeiro, trouxeram à tona um lado controverso da liderança de Rina.

Denise afirmou ter sofrido agressões constantes, incluindo um soco no nariz, e que chegou a gravar vídeos desmentindo as acusações sob coerção. Nathan Gouvea, filho de Denise, também declarou ter sido vítima de violência física e psicológica, descrevendo um ambiente doméstico opressor.

Rina foi afastado da Igreja Bola de Fogo após escândalo

Com a repercussão das denúncias, a Igreja Bola de Neve afastou Rina de suas funções, destacando a criação de um canal de ouvidoria para apurar condutas inadequadas. Em nota, o conselho deliberativo afirmou que o afastamento foi necessário para que Rina pudesse “esclarecer os apontamentos apresentados e restabelecer sua saúde e a de sua família”.

Embora tenha negado todas as acusações, o pastor entregou suas armas registradas à Justiça e manteve-se em silêncio público sobre o caso. A decisão de afastá-lo foi bem recebida por parte da congregação, mas gerou questionamentos sobre como a liderança da igreja lidará com a herança deixada por seu fundador.

Religioso foi acusado de agressão contra a ex-mulher em junho deste ano

Rina foi acusado de violência doméstica contra a ex-mulher em junho deste ano – Foto: Redes sociais/Reprodução/ND

Acidente de moto tirou a vida do religioso

Rina faleceu neste domingo (17), aos 52 anos, deixando um legado ambivalente de inovação na evangelização e controvérsias pessoais que marcaram os últimos meses de sua vida. O religioso sofreu um acidente de moto no quilômetro 131 da Rodovia Dom Pedro (SP-095).

Ele estava retornando de um culto em São João da Boa Vista, como grupo ‘Pregadores do Asfalto’ – um motoclube da Igreja Bola de Neve. No trajeto, Rina perdeu o controle da moto e acabou caindo.

Rinaldo teve fraturas na clavícula e foi encaminhado para o Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade de Campinas). Ele teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu, morrendo no hospital.

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