Inseto é animal? Saiba quantas espécies existem

Sim — insetos não apenas são animais como ainda representam mais da metade de todas as espécies do reino em nosso planeta. Fazendo parte do filo dos artrópodes, que dividem com aranhas e crustáceos, esses bichos são caracterizados pelo seu corpo dividido em três partes, seus três pares de pernas, olhos compostos e par de antenas.

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Já a questão do número de espécies existentes no mundo é complicada de ser respondida: embora já tenham sido catalogadas cerca de um milhão de espécies, os entomólogos — biólogos especializados em insetos — acreditam que possa haver entre cinco e dez milhões de espécies por aí. Seu grande espalhamento por quase todos os habitats e número impressionante dificultam a identificação.

O vasto mundo dos insetos

Apesar de nós, humanos, nos sentirmos poderosos na Terra, os mais bem-sucedidos animais com certeza são os insetos. Juntos, os besouros, moscas, formigas, besouros, cupins, baratas, cigarras e seus primos representam até ⅔ de todos os animais existentes. Eles estão em todos os continentes, sendo mais predominantes nos trópicos, especialmente florestas úmidas.


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Imagem aproximada do rosto de uma mosca
Insetos são os animais mais numerosos do planeta — estima-se haver mais de 10 milhões de espécies, ocupando cerca de 2/3 de todo o reino (Imagem: Pelooyen/Envato)

O nome de sua classe vem do latim Insectum, que significa “cortado”, já que aparentam ser divididos em três partes. Essa palavra, por sua vez, veio de Plínio, o Velho, que buscou a palavra grega, éntomon, significando inseto, vinda de éntomos, “cortar em pedaços”, o que gerou a palavra “entomologia”.

Os insetos são divididos em até trinta ordens formais, sendo que há cinco principais com mais de 100.000 espécies descritas, com características próprias:

  • Hemiptera — cigarras, percevejos, pulgões e cochonilhas;
  • Lepidoptera — borboletas e mariposas;
  • Diptera — moscas e mosquitos;
  • Hymenoptera — abelhas, vespas e formigas;
  • Coleoptera — besouros.

Outras ordens de destaque incluem Odonata, contendo as libélulas, e Orthoptera, com gafanhotos e grilos. Há insetos vivendo na neve, sobre a água, em desertos, praias e florestas.

Imagem aproximada de um besouro em cima de uma folha
Há mais de 30 ordens de insetos, incluindo besouros, formigas, cigarras, mariposas, vespas e libélulas (Imagem: ssumetha/envato)

A história da classe é bastante longa: o primeiro fóssil de um inseto primitivo sem asas é do início do período Devoniano (entre 419 e 358 milhões de anos atrás), e os mais antigos insetos voadores são do Carbonífero, entre 328 e 324 milhões de anos atrás.

Essas criaturas tiveram uma grande e rápida diversificação, com quatro etapas principais: o surgimento dos besouros, há cerca de 300 milhões de anos, das moscas, há 250 milhões de anos, e mariposas e vespas, ambas há 150 milhões de anos.

Alguns dos insetos mais bem-sucedidos evoluíram em conjunto com as flores, ajudando na polinização e sendo ajudados por ela, um dos maiores exemplos de coevolução do mundo.

Curiosidades sobre os insetos

Muito diferentes de nós, humanos, os insetos possuem várias características interessantes. Um exemplo é a sua respiração: eles não possuem pulmões, então usam tubos e bolsões internos para levar o oxigênio direto para os órgãos.

Eles respiram por espiráculos laterais, o que limita seu tamanho — os maiores insetos pesam menos de 100 g. Durante o período Paleozoico, quando a concentração de oxigênio na atmosfera era maior, esses animais também eram maiores, com libélulas de mais de 60 cm.

Libélula em um galho
Durante épocas em que o oxigênio atmosférico estava em altas concentrações, os insetos conseguiam atingir tamanhos incríveis, com libélulas de mais de 60 cm voando por aí (Imagem: Ish Consul/Unsplash)

Já que não precisam transportar oxigênio, os insetos também podem ter um sistema circulatório mais simples — ele é aberto, sem veias ou artérias, sendo composto por um tubo que corre por todo o corpo em movimentos peristálticos, coordenados pelas duas áreas, coração e aorta.

Cerca de 80% das nações humanas se alimenta desses animais — são mais e 3.000 grupos étnicos realizando a prática. Alguns insetos, como as abelhas, conseguem ver luz ultravioleta com seus olhos compostos, e até mesmo detectar luz polarizada, e outros, luz infravermelha.

Certos animais da classe também são capazes de magnetorecepção, ou seja, usam o campo magnético da terra para se movimentar, como as formigas e abelhas, que assim se orientam durante migrações e nas proximidades dos ninhos. A abelha guiruçu, nativa do Brasil, consegue detectar campos magnéticos com suas antenas.

Os insetos foram os primeiros organismos vivos a serem capazes de ouvir e produzir sons, habilidade que evoluiu independentemente pelo menos 19 vezes entre sua classe. A produção de sons é bem diversa: grilos, por exemplo, usam a estridulação para tal, ou seja, esfregam as asas contra o corpo.

Cigarras como a Brevisana brevis estão entre os mais barulhentos animais do mundo, chegando a 106,7 decibéis. Algumas mariposas detectam ultrassom, conseguindo, por exemplo, saber se morcegos as detectaram na natureza. Algumas delas até mesmo imitam os ultrassons dos morcegos para enganá-los, “dizendo” que não são comestíveis, ou atrapalhando seus sinais.

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