O caso de Luana Barbosa, garçonete negra e lésbica morta por policiais em São Paulo, segue impune após 12 anos

Em abril de 2013, a garçonete Luana Barbosa, uma mulher negra, lésbica e periférica, foi brutalmente espancada por policiais em Ribeirão Preto–SP na frente do seu filho de 14 anos. Passados 12 anos, o crime segue impune, o que evidencia o papel da polícia na perpetuação da violência contra as mulheres negras, especialmente as que pertencem à comunidade LBT (Lésbicas, Bissexuais, Transsexuais e Travestis).

A ONG CRIOLA, organização que combate o racismo patriarcal cisheteronormativo, realizará, na próxima sexta-feira (14), uma atividade de leitura e análise social e política sobre o caso, com o objetivo de fomentar a reflexão sobre estratégias jurídicas e políticas necessárias para garantir justiça e reparação para a família de Luana Barbosa, e promover ações que fomentem políticas públicas eficazes para o enfrentamento da violência contra a população LGBT, especialmente mulheres trans e lésbicas negras.

A atividade está atrelada ao projeto Aliança Negra, e lançará em breve a Coleção Criola – O tratamento jurídico dos crimes de racismo no Brasil, onde são analisados os aspectos jurídicos, sociais e políticos de três casos acompanhados pela Comissão e pela Corte Interamericana de Direitos Humanos: caso Neuza e Gisele, caso Mães de Acari e caso Luana Barbosa.
 

O encontro acontecerá no Auditório do Observatório de Favelas, de 14 às 18h, e é aberto ao público.
 

Relembre o caso

Após ser brutalmente espancada na frente do filho de 14 anos, em uma abordagem policial, Luana Barbosa faleceu em decorrência de uma isquemia cerebral aguda causada por traumatismo crânio-encefálico. De acordo com os agentes, a ação se deu sob o pretexto de que ela estaria envolvida em um roubo, fato desmentido durante as investigações. Em 2017, a Justiça Militar do Estado de São Paulo (JMSP) arquivou a investigação contra os três policiais militares acusados.
 

Serviço

Data: 14/02 (sexta-feira)

Horário: 14h às 18h

Local: Auditório do Observatório de Favelas (Rua Teixeira Ribeiro, 535 – Maré- Rio de Janeiro)

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