Alinhamento planetário continua em fevereiro; saiba como ver evento astronômico

Os planetas do Sistema Solar seguem visíveis no céu no “alinhamento planetário”, como o evento ficou popularmente conhecido. Os entusiastas do céu noturno podem conferir o “desfile” dos nossos vizinhos planetários até o fim do mês — contanto que as condições de observação estejam adequadas, claro. 

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Em 28 de fevereiro, Saturno, Mercúrio, Vênus, Urano, Júpiter e Marte vão parecer estar bem pertinho um do outro no céu. Tenha em mente que apenas Mercúrio, Vênus, Júpiter e Marte podem ser observados facilmente a olho nu. Para observar Urano e Saturno, o ideal é usar binóculos ou um pequeno telescópio.

Alinhamento dos planetas visto por um observador em SP (Captura de tela/Stellarium)

Saturno e Mercúrio estarão muito próximos [aparentemente] do Sol e praticamente invisíveis, pois se põem logo após o pôr do sol. Para vê-los, seria necessário estar em um local com horizonte oeste desimpedido e condições climáticas ideais”, explica a Dra. Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional.


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Para conferir o evento, a dica é procurar algum local distante de fontes de poluição luminosa, como as luzes artificiais dos grandes centros urbanos. 

O que o alinhamento planetário significa?

Primeiro, é importante destacar que “alinhamento planetário” não é um termo científico, mas sim uma expressão coloquial usada quando é possível ver vários planetas no céu ao mesmo tempo. 

Portanto, os alinhamentos planetários ocorrem quando os planetas parecem estar “alinhados” do mesmo lado do Sol, dispersos em um mesmo arco no céu. O arco em questão é chamado de eclíptica, que existe porque os planetas orbitam o Sol mais ou menos no mesmo plano. 

Todos os planetas do Sistema Solar estão em planos orbitais parecidos com o da Terra (Reprodução/Graphiqa/Envato)

A aparente proximidade entre os planetas do Sistema Solar no céu durante o alinhamento não é capaz de causar nenhum grande efeito na Terra. Por outro lado, os alinhamentos são bastante interessantes para o planejamento das missões espaciais. 

Ao considerar a posição dos planetas, os cientistas conseguem direcionar as missões aos seus destinos com mais eficiência. “As Voyagers 1 e 2 aproveitaram o alinhamento dos grandes planetas, e a Voyager 2 conseguiu ‘impulso’ com Júpiter, Saturno, Urano e Netuno”, recordou Gerard van Belle, diretor de ciência do Observatório Lowell, nos Estados Unidos.

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