Cinco curiosidades sobre ‘Dia Zero’, nova série da Netflix estrelada por Robert De Niro

A série Dia Zero, disponível na Netflix, apresenta um cenário difícil: um ataque cibernético devastador coloca os Estados Unidos em colapso, com a morte de milhares de cidadãos, forçando o ex-presidente George Mullen (Robert De Niro, que também assina a produção executiva) a sair da aposentadoria para enfrentar a crise e encontrar os responsáveis.

Mas até que ponto os acontecimentos da trama poderiam se tornar realidade? Confira cinco curiosidades sobre a série.

De Niro em série

Apesar de uma carreira repleta de filmes icônicos, Dia Zero marca a primeira vez que Robert De Niro protagoniza uma série de TV. Além de atuar como o ex-presidente George Mullen, ele também é produtor executivo da produção.

O que significa “Dia Zero”?

No universo da cibersegurança, um “dia-zero” ocorre quando uma vulnerabilidade de software é explorada antes que o desenvolvedor consiga lançar uma correção.

Na série, esse conceito está diretamente ligado ao ataque cibernético que desencadeia a crise. Como explica Eric Newman à Netflix, “um ataque dia-zero acontece quando um sistema é comprometido no exato momento em que está mais vulnerável, antes de uma atualização de segurança ser implementada”.

A série foi baseada em fatos reais?

Embora a trama seja ficcional, os criadores buscaram máximo realismo ao desenvolver Dia Zero. Segundo a Netflix, Eric Newman, Noah Oppenheim e Michael S. Schmidt (jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer) se aprofundaram no tema com a ajuda de especialistas, incluindo Clint Watts, ex-agente do FBI, e Eric Schultz, ex-porta-voz adjunto da Casa Branca.

A diretora Leslie Linka Glatter também se baseou em materiais como o livro Countdown to Zero Day: Stuxnet and the Launch of the World’s First Digital Weapon, de Kim Zetter, e em clássicos do cinema político como Sob o Domínio do Mal (1962) e A Conversação (1974).

As ações do governo dos Estados Unidos seriam similares às tomadas pela série ficcional?

Na série, o Congresso americano cria rapidamente uma comissão especial para investigar o ataque e impedir novos incidentes, nomeando Mullen para liderar a iniciativa. Em apenas um mês, ele já está testemunhando perante os legisladores.

Esse ritmo acelerado pode parecer irreal, mas segundo Eric Schultz, a rapidez não é impossível. “O governo tem verbas reservadas para emergências e pode agir rapidamente quando necessário”, explica.

Apesar da burocracia habitual, há momentos em que as decisões são tomadas de maneira extremamente ágil, especialmente em situações críticas como a de Dia Zero.

Um ataque cibernético como o de Dia Zero poderia realmente acontecer?

De acordo com especialistas, a ameaça de um ataque digital em larga escala é real.

“Por anos, o governo alerta sobre a possibilidade de um ciberataque catastrófico”, afirma Michael S. Schmidt. Os termos “Cyber 9/11” e “Cyber Pearl Harbor” já foram usados por autoridades americanas para descrever esse tipo de risco.

Os EUA já enfrentaram ataques cibernéticos de grande impacto, mas nada que atingisse a devastação mostrada na série.

No entanto, Clint Watts acredita que um ataque na escala de Dia Zero é improvável devido ao alto nível de coordenação humana necessário. “Não se trata apenas de um erro de código. Um evento como esse exigiria um grupo altamente organizado para executá-lo com essa magnitude”, explica.

Fonte: Exame

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